O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a falar neste domingo (23) sobre o impacto da suposta redução do envio de armas dos Estados Unidos no Exército do país e na guerra da Faixa de Gaza, e disse que “a situação básica não mudou”.
“Há cerca de quatro meses houve uma queda espetacular no fornecimento de armas que chegavam dos Estados Unidos a Israel. Durante muitas semanas, apelamos aos nossos amigos americanos para acelerarem os envios”, disse o primeiro-ministro no início de uma reunião com o seu gabinete em Jerusalém.
“Fizemos isso com os escalões superiores e todos os escalões, e quero enfatizar: fizemos isso nos quartos de hóspedes”, disse o chefe do governo israelense, em uma clara alusão a conversas às portas fechadas.
“Recebemos todo tipo de explicação, exceto uma coisa: a situação básica não mudou. Alguns itens chegaram aos poucos, mas a grande massa de armamento ficou para trás”, reclamou.
Por esta razão, explicou Netanyahu, decidiu fazer um apelo público no dia 18 de junho, quando gravou uma mensagem de vídeo em inglês na qual descreveu como “inconcebível” que a Casa Branca tenha retido armas a Israel.
Já os Estados Unidos afirmaram não saber a que retenções Netanyahu se referia e esclareceram que o único carregamento que foi retido foi o de 3.500 bombas em maio, devido à sua possível utilização em zonas densamente povoadas como a cidade de Rafah.
Netanyahu também reiterou que está disposto a sofrer ataques pessoais por sua insistência pública, mas disse que, como primeiro-ministro, sua função é “fazer todo o possível” para que os soldados israelenses tenham os “melhores meios de combate”.