A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) participou junto a mais de mil produtores de leite de todo o Brasil do 2º Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite, que aconteceu nesta terça-feira (31 de outubro), em Brasília, organizado pela Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL) e com apoio da ABRALEITE, CNA e OCB, ao lado de produtores de leite de todo país, para debater a importação e medidas estruturantes para a cadeia leiteira. Marussa é vice-presidente da FPPL.
Em especial, a parlamentar acompanhou os representantes de onze cidades goianas que estiveram no evento para reivindicar, junto ao governo federal, ações e medidas que buscam minimizar os efeitos adversos que os produtores têm enfrentado. Entre os presentes estiveram produtores de Orizona, Aragoiânia, Petrolina, Caçu, Itaberaí, Aporé, Caiapônia, São Miguel do Passa Quatro, Bela Vista, Piracanjuba e Mossâmedes.
A goiana Marussa Boldrin, representante do agro em Goiás, vice-presidente da FPPL e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enfatizou durante o encontro a importância da união do setor e reforçou seu compromisso com a causa.
“É muito importante vocês estarem aqui e nós, como agentes públicos, precisamos mostrar para o governo federal, para os laticínios, para as cooperativas e, principalmente, para os brasileiros, que o produtor da cadeia leiteira precisa ser ouvido e contar com medidas imediatas que assegurem sua produção”.
Já a presidente FPPL, deputada Ana Paula Leão (PP-MG), disse que a pecuária leiteira tem mais de 1,1 milhão de produtores e emprega mais de quatro milhões de pessoas, reforçando a importância de o segmento ser respeitado e ouvido pelo governo. “Tem mais de seis meses que estamos conversando, mas precisamos de mais agilidade porque o produtor não aguenta mais. A situação se agrava a cada dia e a angústia é muito grande porque eles estão perdendo tudo”, relatou.
Segundo dados da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) as importações vêm deprimindo o mercado interno mesmo neste momento de entressafra, quando geralmente o mercado tem um comportamento típico de aquecimento dos preços na entrada do inverno, momento em que a produção de leite diminui. Impactando a receita não apenas do grande, mas do pequeno e do médio produtor, que é maioria na base da cadeia. “A partir de abril de 2022, as importações aumentaram 370%, se mantendo acima de 150 milhões de litros por mês. A estimativa para outubro deste ano é de que supere os 200 milhões de litros. 98% do leite importado pelo Brasil vem da Argentina, Uruguai e Paraguai”, explicou o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias.