A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, irá se candidatar para mais cinco anos no cargo, o primeiro passo de uma batalha eleitoral de quatro meses. A dirigente confirmou sua decisão nessa segunda-feira (19), em evento do partido União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês), em Berlim.
“Estou tomando uma decisão muito consciente e bem pensada. Gostaria de concorrer a um segundo mandato no cargo e sou muito grata ao CDU por me indicar como a principal candidata do PPE hoje”, disse ela.
Leyen observou que se sente “melhor preparada” do que em 2019, quando surgiu como uma candidata compromissada que foi aprovada por uma maioria estreita.
Questionada sobre seu compromisso com as políticas ambientais, o grande ponto de destaque do seu primeiro mandato, afirmou que, embora “não seja possível atender a todas as expectativas” como presidente da Comissão, era “importante, para mim, conquistar e convencer as forças do centro” sobre essas questões.
Ao anunciar a indicação de von der Leyen como candidata do CDU, Friedrich Merz, líder do partido, disse que ela foi escolhida “por unanimidade” e que trabalhará para garantir que sua seleção também seja unânime dentro do agrupamento de partidos de centro-direita no Parlamento Europeu.
A corrida eleitoral para se tornar o próximo presidente da Comissão Europeia acontecerá em meio à crescente preocupação com a Rússia de Vladimir Putin, um possível retorno à Casa Branca de Donald Trump e divisões internas sobre como responder a ambos. Alguns especulam que a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, também pode se candidatar ao cargo.