Um vídeo de propaganda publicado pelo próprio Hamas no final de semana confirma o que Israel denuncia desde o início da guerra: o uso de áreas civis para ataques terroristas.
“Estes são os critérios que o Hamas escolheu para estabelecer locais de lançamento de foguetes, em qualquer lugar: as áreas com civis são preferidas”, disse o Exército israelense por meio de uma publicação na rede social X.
No sábado (15), o grupo palestino lançou cinco projéteis contra Israel a partir de uma área de ajuda humanitária no centro de Gaza. Dois lançamentos conseguiram alcançar o território vizinho e outros três caíram dentro do enclave, expondo a população residente na Faixa a risco de vida.
O Exército de Israel já havia denunciado no início do mês que o Hamas encheu algumas casas em Rafah, no sul de Gaza, de armadilhas. As Forças de Defesa (FDI) divulgaram um vídeo que mostra como os soldados entram na casa e se deparam com grandes cilindros pretos em salas, corredores e em cozinhas.
“Esta é uma casa em Rafah onde o Hamas colocou uma armadilha. É apenas um dos muitos exemplos em que o Hamas se entrincheira na população e nas infraestruturas civis. O Hamas continua a dar prioridade ao seu terrorismo em detrimento da segurança dos habitantes de Gaza”, escreveu o Exército nas redes sociais expondo imagens das operações no enclave palestino.
Neste domingo (17), as FDI anunciaram pausas táticas no sul da Faixa de Gaza entre 8h e 19h para permitir a distribuição de ajuda humanitária na zona.
A decisão foi criticada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e provocou a dissolução do gabinete de guerra, informação confirmada nesta segunda (17).
O fechamento do gabinete de guerra acontece apenas uma semana depois de o líder do partido Unidade Nacional, o general reformado Benny Gantz, e o seu parceiro Gadi Eisenkot terem deixado o órgão devido aos seus desentendimentos com Netanyahu.