Capital ucraniana amanhece ao som de explosões de mísseis. China se opõe às sanções contra a Rússia. Acompanhe as últimas notícias.
- Tropas russas chegam a Kiev pelo norte
- Rússia promove invasão em grande escala da Ucrânia
- França diz que Rússia quer apagar Ucrânia do mapa
China se opõe às sanções contra a Rússia
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06:32 – França diz que Rússia quer apagar Ucrânia do mapa
O ministro do Exterior da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou nesta sexta-feira que a segurança pessoal do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, está “em questão” e ofereceu a ajuda do seu país “se necessário”.
“A segurança do presidente Zelensky é um elemento central neste momento, estamos em condições de ajudá-lo se necessário. É importante que ele mantenha sua posição”, afirmou Le Drian, que também disse estar disposto a “tomar as medidas que forem necessárias” para preservar sua integridade.
O chefe da diplomacia francesa disse à emissora de rádio France Inter que existe preocupação com a segurança da Moldávia e da Geórgia.
“A guerra é total. O presidente Putin escolheu a guerra, uma ofensiva em massa, quer apagar a Ucrânia do mapa com ofensivas regulares e mecânicas de grande vigor”, disse Le Drian, observando que a ofensiva agora está focada no leste e sul de Kiev.
Depois de ter afirmado que Putin “vai até o fim”, Le Drian o acusou de querer “reescrever a história” com um “triplo autoritarismo”: interno, com repressão política, externo, com as intervenções na Geórgia em 2010, na Síria, na Crimeia em 2014 e agora na Ucrânia, e interferência, buscando desestabilizar governos.
“Putin vai ser um pária da comunidade internacional. No Conselho de Segurança ele ficará isolado, ele não vai poder continuar sendo o agressor permanente que quer estender a guerra como forma de governança”, afirmou.
Le Drian afirmou ainda estar convencido de que as sanções decididas pelo Ocidente darão frutos. “Acho que Putin não calculou o alcance das sanções… que buscam sufocar o funcionamento da Rússia, o coração de seu dispositivo financeiro e tecnológico”, comentou.
O ministro francês, único país da UE que possui armas nucleares, garantiu que não teme a Rússia no campo militar. “Putin tenta assustar, mostrar sua força, intimidar, mas ele sabe que a Otan também é nuclear. Ele conhece o equilíbrio de forças. Quando ele diz que tem armas importantes, dizemos a ele que também temos”, afirmou.
06:14 – Tropas russas chegam a Kiev
Ucrânia informou que as primeiras tropas russas teriam chegado a Kiev. Os militares invadiram a capital pelo norte. O Ministério de Defesa ucraniano pediu que a população não deixe suas casas e informe as autoridades sobre o equipamento militar russo.
Tiros foram ouvidos ainda próximos aos prédios do governo, segundo agência de notícias.
Vídeos postados em redes sociais por moradores do distrito de Obolon, no norte da capital ucraniana, mostram aparentes veículos militares russos circulando em regiões residenciais.
06:00 – Mais de 100 mil já fugiram da Ucrânia
A ONU estima que mais de 100 mil pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa. A grande maioria está se dirigindo aos países vizinhos, como Moldávia e Polônia. As Nações Unidas acreditam que até 5 milhões de ucranianos pode deixar o país diante da guerra.
Autoridades moldavas confirmaram que já receberam cerca de 4 mil refugiados ucranianos.
05:40 – China se opõe às sanções contra a Rússia
O Ministério do Exterior da China afirmou que Pequim é contra as sanções, que chamou de “ilegais”, impostas pelos Estados Unidos e União Europeia contra a Rússia em retaliação à invasão da Ucrânia. O ministério argumentou que esse tipo de restrição nunca foi uma maneira eficaz de resolver questões e acaba criando problemas para países e regiões envolvidas.
O ministério ressaltou ainda que espere que as partes relevantes lidem com questões relacionadas à China sem prejudicar Pequim.
A China também reagiu a um comentário do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden –aparentemente direcionado a Pequim que evitou chamar o ataque russo de invasão e pediu moderação. Biden disse que os países que apoiarem à invasão seriam considerados cúmplices.
Pequim respondeu dizendo que os países que interferirem em assuntos internos de outros são os que terão suas reputações manchadas.
04:35 – Primeiro dia de guerra deixa mais de 100 ucranianos mortos
De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a invasão russa ao país deixou 137 cidadãos ucranianos, incluindo militares, e mais de 300 feridos. Zelenski afirmou ainda que, apesar de a Rússia afirmar que ataca apenas alvos militares, também foram atingidos locais civis.
Zelenski pediu ainda ao Ocidente apoio para defender o país da invasão. Ele conversou nesta sexta-feira com o presidente polonês, Andrzej Duda, em busca da ajuda da Otan no âmbito da chamada organização Bucareste Nove. “Juntos temos que colocar a Rússia na mesa de negociações. Precisamos de uma coalizão antiguerra”, destacou.
Composta por Estados que faziam parte da antiga União Soviética ou estavam dentro de sua esfera de influência, a Bucareste Nova foi criada em 2015 em resposta à anexação da Crimeia pela Rússia. Seus membros são Bulgária, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Eslováquia.
04:30 – Ucrânia espera que Rússia use tanques para invadir Kiev
A Ucrânia espera ao longo desta quinta-feira ataques com tanques à capital. Governo ucraniano acredita que será o dia mais difícil. Os militares na linha de frente da defesa de Kiev já estão equipados com mísseis antitanque. Alguns tanques já foram destruídos.
Um alarme de ataque aéreo foi acionado em Kiev no início desta manhã, segundo a imprensa ucraniana. As autoridades pedem à população que se dirija a abrigos mais próximos.
03:20 – Ucrânia diz que seus militares estão resistindo à invasão russa
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou nesta sexta-feira (25/02) que os militares de seu país estão combatendo os invasores e que o avanço das tropas russas estaria sendo bloqueado na maioria dos casos.
O vice-ministro da Defesa disse que as forças armadas ucranianas estão defendendo o país em quatro frentes, apesar de estarem em menor número do que os russos.
O governo ucraniano avalia que o plano de Moscou é usar tanques para invadir Kiev, mas há forças de defesa na capital equipadas com mísseis antitanques que foram fornecidos por países aliados. Segundo um assessor do governo, “hoje [sexta-feira] será o dia mais difícil”.
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