06:57 – AIEA afirma que não houve liberação de radiação em Zaporíjia
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, afirmou que não houve liberação de radiação após o incêndio na usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.
O órgão da ONU entrou em contato com autoridades ucranianas após um prédio no local ter sido atingindo após uma série de bombardeios russos. O ataque teria causado o incêndio que deixou dois feridos.
Grossi afirmou ainda que a situação no local “continua extremamente tensa e desafiadora”. Porém, destacou que os reatores não foram atingidos e acrescentou que funcionários ucranianos continuam trabalhando na usina.
06:49 – Zelenski pede que russos protestem contra ocupação de usina nuclear
Em pronunciamento, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu aos russos que protestem contra a ocupação da usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa. Segundo autoridades locais, forças russas assumiram o controle da usina nesta sexta-feira. Um incêndio atingiu um dos reatores após uma série de bombardeios russos no local ao longo da noite.
“Povo russo, eu apelo a vocês, como isso é possível? Afinal, lutamos juntos em 1986 contra a catástrofe de Chernobyl”, destacou Zelenski.
Autoridades nucleares informaram que nenhum vazamento de radiação foi detectado após o incêndio.
06:10 – Venezuela anuncia o aumento do número de voos para Moscou
Após o bloqueio aéreo imposto pelos Estados Unidos e Europa contra a Rússia, a Venezuela anunciou que pretende aumentar o número de voos para Moscou operados pela companhia aérea estatal do país.
“A Venezuela está pronta para continuar recebendo turistas russos”, disse o ministro venezuelano do Turismo, Ali Padron, anunciando o aumento do número de voos operados pela Conviasa.
O turismo russo para a Venezuela disparou a partir de maio de 2021, quando os dois países abriram uma rota direta entre Moscou e Caracas e depois para a ilha venezuelana de Margarita. Essas rotas são operadas também pelas companhias russas Pegas Fly e Pegas Touristik.
A Rússia tem sido uma aliada fundamental da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez (1999-2003). O governo venezuelano é um dos poucos que manifestou apoio a Moscou após a invasão da Ucrânia.
04:20 – Ucrânia diz que forças russas tomaram controle de usina nuclear
Autoridades ucranianas afirmaram que forças russas assumiram o controle da usina nuclear de Zaporíjia, no sudoeste do país. Um incêndio atingiu um dos reatores da usina após uma série de bombardeios russos no local ao longo da noite.
“Funcionários operacionais estão monitorando a condição das unidades de energia”, afirmaram autoridades regionais nas redes sociais, acrescentando que se procura garantir que as operações estão de acordo com os requisitos de segurança.
Autoridades nucleares ucranianas informaram ainda que nenhum vazamento de radiação foi detectado após as chamas. “Alterações na situação da radiação não foram registradas.” A usina nuclear de Zaporíjia é a maior da Europa.
03:50 – Banco do Brics e AIIB suspendem novas operações com a Rússia
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, banco do Brics) e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) anunciaram a suspensão de novas operações com a Rússia.
“No melhor interesse do banco, a administração decidiu que todas as atividades relacionadas à Rússia e a Belarus estão suspensas e sob revisão”, disse o AIIB em comunicado.
O banco asiático é uma instituição multilateral lançada em 2016 por iniciativa do presidente chinês, Xi Jinping, para equilibrar o domínio ocidental do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Rússia é um dos membros fundadores do AIIB, detém 6% dos votos nas operações e tem assento no conselho do banco. O Banco da China é o maior acionista, com participação de 27%.
Já o NDB tem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – os Brics – como membros. “À luz do desdobramento de incertezas e restrições, o NDB suspendeu novas transações na Rússia”, disse o banco em comunicado.
03:32 – Google suspende vendas de anúncios na Rússia
A Google anunciou que vai suspender toda a publicidade online na Rússia, numa proibição que abrange buscas, YouTube e parceiros de publicação externos. Anteriormente, a empresa já havia impedido a mídia estatal russa de comprar ou vender anúncios em suas plataformas.
“À luz das circunstâncias extraordinárias, estamos pausando os anúncios da Google na Rússia. A situação está evoluindo rapidamente e continuaremos a compartilhar atualizações quando apropriado”, disse a empresa em comunicado.
03:20 – Airbnb suspende operações na Rússia
Brian Chesky, CEO do Airbnb, anunciou no Twitter que a plataforma internacional de aluguéis de curto prazo está suspendendo “todas as suas operações na Rússia e em Belarus” devido à guerra na Ucrânia.
Mais cedo nesta semana, Chesky já havia afirmado que a companhia estava negociando com anfitriões da plataforma o fornecimento de hospedagens gratuitas para até 100.000 refugiados ucranianos que fogem da invasão russa.
03:00 – Especialista fala em “situação sem precedentes”
A DW conversou com o especialista em segurança nuclear Charles Castro sobre o incêndio na usina de Zaporizhzhia. “Um incêndio é muito preocupante em qualquer usina nuclear. As usinas nucleares são projetadas para incêndios severos e têm contramedidas, e os operadores são treinados para combater uma situação de incêndio. Usinas são extremamente robustas a fim de conter qualquer radiação dentro dela”, explicou. Mas “obviamente esta é uma situação sem precedentes”.
A ONU pediu às forças russas que cessem os ataques à maior usina nuclear da Europa. Castro reforçou os apelos. “Todos os ataques precisam ser interrompidos, e os operadores precisam ter permissão para fazer seu trabalho para recuperar os reatores e desligá-los com segurança para que a radiação possa ser contida”, declarou.
02:35 – Incêndio em usina nuclear é extinto
O serviço de emergências ucraniano divulgou que o incêndio que atingiu a área da usina nuclear de Zaporizhzhia já foi extinto. Não houve vítimas.
As autoridades do país europeu haviam informado nas primeiras horas desta sexta-feira que forças russas atacaram a usina e que um prédio de cinco andares ao lado dela estava em chamas em decorrência dos bombardeios.
02:03 – Ucrânia pede tanques e navios de guerra à Alemanha
A embaixada da Ucrânia em Berlim solicitou ao governo alemão o fornecimento de tanques e navios de guerra para Kiev enfrentar a invasão russa.
Itens adicionais na lista de pedidos da Ucrânia incluem veículos de combate de infantaria, sistemas de artilharia, como obuses autopropulsados, sistemas de defesa aérea, helicópteros, drones de reconhecimento e combate, e aeronaves de transporte.
O pedido formal da Ucrânia à Chancelaria alemã, ao Ministério do Exterior e ao Ministério da Defesa dizia: “Em vista da situação de segurança extremamente tensa por causa da agressão russa em andamento, o governo ucraniano está buscando que este pedido seja processado e revisto favoravelmente o mais rápido possível”.
A nota acrescenta que o presidente russo, Vladimir Putin, iniciou uma “guerra de aniquilação” contra a Ucrânia.
Em meio às hostilidades russas na Ucrânia, Berlim reverteu sua política de longa data em relação à defesa e à Rússia ao fornecer a Kiev 1.000 armas antitanque e 500 mísseis terra-ar, após inicialmente prometer apenas 5.000 capacetes.
01:50 – Zelenski: “A Europa precisa acordar”
“A Europa precisa acordar”, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em um vídeo publicado no Telegram após tropas russas atacarem a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior do continente.
“Estou me dirigindo a todos os ucranianos, a todos os europeus e a todos que conhecem a palavra Chernobyl”, disse o líder ucraniano. “Dezenas de milhares tiveram que ser retirados do local, e a Rússia quer repetir isso – e já está repetindo –, mas seis vezes maior.”
Zelenski acrescentou que a Ucrânia tem 15 reatores nucleares e que “se houver uma explosão é o fim para todo mundo”. “Não deixem a Europa morrer em uma catástrofe nuclear”, concluiu.
01:30 – Reino Unido pede reunião do Conselho de Segurança
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar da guerra na Ucrânia. Johnson afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode “ameaçar a segurança de toda a Europa”.
01:00 – Biden e Zelenski falam sobre incêndio em usina
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o líder ucraniano, Volodimir Zelenski, sobre o incêndio que atingiu a maior usina nuclear da Europa após bombardeios russos. A conversa foi informada pela Casa Branca em uma série de tuítes.
Segundo as postagens, Biden “se uniu ao presidente Zelenski para pedir à Rússia que cesse suas atividades militares no local e permita que bombeiros e equipes de emergência acessem a área”.
A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que conversou com seu homólogo ucraniano e que os reatores da usina de Zaporizhzhia estão protegidos por “estruturas robustas de contenção” e “estão sendo desligados com segurança”.
00:20 – Incêndio na maior usina nuclear da Europa
A maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, foi atingida por um incêndio após ser alvo de bombardeios russos.
“O Exército russo está atirando de todos os lados contra a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa. O fogo já começou”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, no Twitter. “Se explodir, será dez vezes maior que Chernobyl! Os russos devem imediatamente cessar o fogo, permitir os bombeiros, estabelecer uma zona de segurança.”
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que não houve mudança nos níveis de radiação reportados.
O Ministério da Energia ucraniano afirmou à agência de notícias russa RIA que os bombeiros não conseguem ter acesso ao fogo, pois as tropas russas continuam atirando contra o local. A usina de Zaporizhzhia gera 25% da eletricidade da Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, declarou que Moscou apelou para “terrorismo nuclear” ao bombardear a maior usina nuclear europeia.
Fonte: DW Brasil.