A Ucrânia anunciou nesta sexta-feira (19) que, pela primeira
vez desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, conseguiu derrubar um
bombardeiro russo de longo alcance usado para disparar mísseis de cruzeiro
contra o território ucraniano.
“A Força Aérea Ucraniana abateu o bombardeiro estratégico
inimigo Tu-22M3, que a Rússia usou para atacar cidades ucranianas. Além disso,
nossos guerreiros repeliram outro ataque aéreo massivo e abateram 29 alvos
aéreos: dois mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555; 14 drones Shahed; 11 mísseis
aéreos guiados Kh-59/Kh-69; e dois mísseis de cruzeiro Kh-22”, informou o Ministério
da Defesa da Ucrânia em comunicado no X.
O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Illya Yevlash, disse à
agência France-Presse que o Tu-22M3 derrubado foi utilizado pelos russos para
realizar mais cedo um ataque contra as cidades de Dnipro e Kryvyi Rih, na região
central de Dnipropetrovsk.
Segundo a agência Reuters, ao menos oito pessoas foram
mortas, incluindo duas crianças, e outras 28 ficaram feridas. “Nós nos vingamos
pelas nossas cidades e pelos nossos civis”, afirmou Yevlash.
A Rússia não confirmou que o bombardeiro foi abatido pelos
ucranianos e disse que a queda da aeronave, na região russa de Stavropol
(sudoeste do país), ocorreu devido a um “problema técnico”. A agência de
notícias estatal RIA Novosti informou que um membro da tripulação morreu,
outros dois foram hospitalizados e um quarto estava sendo procurado.
O envio de mais sistemas de defesa aérea tem sido um pedido constante do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aos aliados de Kiev.
Nesta sexta-feira, após uma reunião virtual do mandatário ucraniano
com os ministros da Defesa da OTAN, o secretário-geral da aliança, Jens
Stoltenberg, declarou que os países da organização enviarão mais sistemas de
defesa aérea “num futuro próximo” à Ucrânia.
Neste sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos deve votar um pacote de US$ 95 bilhões para fornecer mais ajuda militar à Ucrânia, Israel e à região do Indo-Pacífico (incluindo Taiwan).
O pacote prevê a destinação de mais US$ 60 bilhões em ajuda
para a Ucrânia e US$ 26,4 bilhões para Israel.
Anteriormente, o Congresso americano já havia aprovado o envio de US$ 113,4 bilhões de ajuda à Ucrânia para a guerra contra a Rússia.