Sete supostos informantes do Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foram detidos nesta sexta-feira (2) na Turquia, segundo divulgou a agência oficial de notícias Anadolu.
De acordo com a imprensa local, a agência de inteligência turca MIT acusou o Mossad de rastrear alvos potenciais na Turquia por meio de detetives particulares que lhe forneciam detalhes sobre a vida pessoal dos envolvidos.
No âmbito da operação, realizada em Istambul e Izmir, descobriu-se que o serviço de inteligência israelense estava coletando informações biográficas de determinadas pessoas e instalando dispositivos de rastreio.
No total, a MIT afirma ter identificado nove suspeitos que venderam informações ao Mossad, dos quais sete foram detidos nesta sexta. Os outros dois já haviam sido presos em uma operação anterior.
As detenções ocorrem algumas semanas após a prisão de outros 34 supostos espiões ou colaboradores do Mossad na Turquia.
Antes disso, em dezembro de 2022, a MIT realizou uma operação contra detetives particulares e pessoal tático do Mossad, que terminou com a prisão de 68 pessoas.
Embora a Turquia tenha relações diplomáticas com Israel há décadas, o governo de Recep Tayyip Erdogan também mantém relações amistosas com o grupo terrorista Hamas, cujos líderes já tiveram alguns dos seus escritórios no país da Eurásia.
Após o ataque contra o sul de Israel no dia 7 de outubro, que terminou com cerca de 1.200 mortos e mais de 230 sequestrados, o governo israelense prometeu que iria localizar e eliminar os líderes da milícia em qualquer parte do mundo.
Em resposta, a Turquia alertou Israel que não permitirá operações dos serviços de inteligência israelenses contra grupos palestinos no seu território. (Com Agência EFE)