Terceiro caso de gripe aviária em humanos é confirmado nos EUA | Mundo

Os outros dois trabalhadores agrícolas que contraíram o vírus apresentaram sintomas leves de infecção ocular. Desta vez, o indivíduo apresentou sintomas respiratórios mais comuns na gripe, incluindo tosse, além de desconforto ocular. Depois de ser tratado com o antiviral Tamiflu, o paciente estaria “isolado em casa e os sintomas estão desaparecendo”. Nenhum outro funcionário da fazenda e nenhum familiar ou amigo do paciente apresenta sintomas.

O trabalhador agrícola acredita que se infectou após exposição a uma vaca doente.

“No primeiro caso no Michigan, os sintomas oculares ocorreram após um respingo direto de leite infectado no olho. Neste caso, os sintomas respiratórios ocorreram após exposição direta a uma vaca infectada”, disse a executiva-chefe médica do Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Michigan, a médica Natasha Bagdasarian, em comunicado.

“Nenhum dos indivíduos usava equipamento de proteção individual [EPI] completo. Isto no diz que a exposição direta a animais infectados representa um risco para os seres humanos e que o EPI é uma ferramenta importante na prevenção da propagação entre indivíduos que trabalham em explorações leiteiras e avícolas.”

De acordo com o CDC, não há evidências de que os três casos relatados tenham alguma ligação. A autoridade sanitária também ressalta que o risco para o público em geral “permanece baixo”, mas que as pessoas devem ter cuidado ao entrar em contato com animais, especialmente se estes estiverem mortos ou parecerem doentes.

“As pessoas também devem evitar exposições desprotegidas a cocô de animais, lixo, leite não pasteurizado (“cru”) ou materiais que tenham sido tocados por, ou próximos a, pássaros ou outros animais com suspeita ou confirmação do vírus A (H5N1)”, acrescenta a agência.

Neste momento, o CDC não relata padrões incomuns em casos de gripe humana. Os isolados virais do último paciente estão sendo submetidos a testes genéticos. O surto de H5N1 em fazendas leiteiras já atingiu nove Estados, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

À medida que esta cepa H5N1 altamente patogênica continua a espalhar-se em muitas espécies – aves e mamíferos – nos EUA e noutros locais, existem receios de que ela dê o salto para uma propagação sustentada na população humana. Testes com vacinas de mRNA contra esse vírus começaram recentemente nos EUA.