O Centro de Operações do Rio (COR) e vinte unidades municipais de saúde passarão a ser abastecidas, a partir de dezembro, por energia renovável comprada diretamente do mercado livre. A mudança faz parte do projeto da prefeitura carioca que visa abastecer os prédios do Executivo municipal com energia limpa, adquirida direto de fornecedores, reduzindo também os gastos públicos.
A expectativa, segundo a prefeitura, é que a nova modalidade traga uma economia anual de R$ 504 mil no COR e R$ 17,5 milhões nas unidades de saúde — entre elas, os hospitais Miguel Couto, no Leblon, Albert Schweitzer, em Realengo, Rocha Faria, em Campo Grande, Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e Pedro II, em Santa Cruz.
Além disso, a mudança também vai evitar a emissões de gases do efeito estufa, um dos principais fatores para o aquecimento global. Nas estimativas da prefeitura, com a compra direta de energia sustentável, o COR deixará de emitir 8 mil toneladas de gás carbônico e os hospitais e postos de saúde, 74 mil.
“O que estamos fazendo é que, ao invés de depender da distribuidora, vamos passar a comprar energia direto das geradoras que utilizam fontes renováveis, como eólica, solar ou pequenas hidrelétricas”, diz a subsecretária de gente e gestão compartilhada, Roberta Guimarães, idealizadora da iniciativa. Ela continua:
“Já estamos trabalhando para ampliar o projeto. O Museu do Amanhã e a Câmara Municipal estão em fase de licitação, e estamos em fase de estudos para a Cidade das Artes e também para 70 escolas municipais”.
Para fazer esta mudança, a prefeitura fez licitações de compra de energia verde direto com as geradoras, pelo período de 60 meses, isto é, 5 anos. Os leilões foram realizados no final do ano passado. A RZK, Matrix e Central Energia foram as vencedoras das licitações para as unidades de saúde, enquanto a Urca Energia ficou responsável pelo COR. Mesmo com a troca de fornecedores, a Light continuará a cargo da distribuição de energia.
Agora, com o fim dos prazos burocráticos após o leilão, a prefeitura tem um prazo de 180 dias, após a notificação da Light, para implantação da nova modalidade nos equipamentos da cidade. Por isso, o COR e as unidades de saúde passarão a ser abastecidos pela energia verde só em dezembro — quando finda esse período de transição.
A compra direto de energia pelo mercado livre já acontece no Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede da prefeitura, na Cidade Nova, Centro do Rio. Nos cálculos da prefeitura, a mudança no edifício tem uma economia anual de R$ 6 milhões e evita a emissão de 40 mil toneladas de gases do efeito estufa.