A principal coalizão de oposição da Venezuela disse nesta segunda-feira (17) que quatro integrantes de dois de seus partidos políticos foram detidos nos últimos dias, ao passo que as tensões aumentam antes da disputa presidencial de julho.
Gabriel Gonzalez, Javier Cisneros, Jeancarlos Rivas e Juan Iriarte, dos partidos Vontade Popular e Vente Venezuela, foram detidos entre sexta (14) e esta segunda-feira pelas forças de segurança, que os acusam de conspiração e de instigar o ódio, disseram porta-vozes da oposição.
Cisneros foi libertado na noite desta segunda-feira, disse a Vente Venezuela em uma mensagem na rede social X.
“Denunciaremos esse novo ataque do governo em todos os locais internacionais relevantes. Não podemos permitir que esses tipos de graves violações continuem a ser cometidos”, disse o candidato presidencial da oposição, Edmundo González, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
O gabinete do procurador-geral não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As detenções dos quatro integrantes partidários e de um jornalista, Luis Lopez, ocorreram em meio a pesquisas favoráveis a González, escolhido como candidato da oposição após o tribunal superior da Venezuela manter a proibição à vencedora das primárias, María Corina Machado, de ocupar cargos públicos.
O ditador Nicolas Maduro, que busca um terceiro mandato, foi citado por cerca de 30% dos eleitores em uma pesquisa recente, em comparação com o apoio de 50% a González.
Trinta e sete membros de partidos foram detidos neste ano, incluindo os quatro casos recentes, disse Machado, que está ativamente fazendo campanha para González, ao lado dele na transmissão.
Seis ex-funcionários de campanha de Machado estão atualmente vivendo na embaixada argentina, onde pediram asilo.