Projeção para crescimento do crédito em 2024 cai a 8,4%, de 8,5%, diz Febraban | Finanças

Por Milkylenne Cardoso
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A projeção de crescimento da carteira de crédito total para 2024 caiu a 8,4%, ante 8,5% no levantamento anterior, segundo revela a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A queda no número geral foi puxada pelas projeções para os recursos livres, que passaram para 8,1%, de 8,4%. Já em direcionados houve alta para 8,9%, de 8,6%.

Para 93,8% dos participantes, a expectativa é de alguma melhora do segmento pessoa jurídica ao longo de 2024, após o fraco desempenho de 2023, quando cresceu apenas 1,9%. Para 43,8%, o segmento deve voltar a acelerar ainda no primeiro trimestre, enquanto para 50%, apenas a partir do segundo semestre.

A pesquisa da Febraban é realizada a cada 45dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “O resultado da pesquisa pode ser considerado positivo, pois consolida a percepção de que o mercado de crédito tende a apresentar uma evolução positiva em 2024, especialmente na carteira com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico. Além disso, cabe notar que, caso se confirme, a aceleração é mais expressiva do que aparenta, porque em termos reais, o crescimento do crédito sairia de cerca de 3,0%, em 2023, para 4,5% neste ano”, destaca Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

A pesquisa captou pela 1ª vez as projeções para o crédito em 2025. A expansão da carteira total esperada para o ano que vem ficou em 8,1%, com alta de 8,6% na carteira livre e 8,0% na direcionada.

Quanto à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou uma leve melhora na projeção para 2024, a 4,5%, de 4,6% antes. Para 2025, a estimativa ficou em 4,3%.

A pesquisa também colhe as projeções dos bancos para uma série de variáveis macroeconômicas. Metade dos entrevistados acredita que a taxa Selic deve fechar 2024 acima de 9,0%. A mediana coletada na pesquisa mostra cortes de 0,50 ponto percentual até julho, quando chegaria a 9,25%. A partir de setembro, a taxa ficaria estável neste patamar.

No âmbito fiscal, pouco mais da metade (55,6%) dos entrevistados projetam que o déficit primário deve ficar em torno de 0,8% do PIB (mediana do mercado) para este ano. No cenário externo, 50% dos participantes apontam que o início do processo de queda dos juros pelo Federal Reserve deve começar apenas a partir de junho, enquanto 44,4% esperam que primeiro corte ocorra ainda na reunião de maio.

— Foto: Pixabay

Fonte: valor.globo.com

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