O Sebrae inova em ações no âmbito turístico e, após dar consultoria para elaboração do Plano Municipal de Turismo (PMT) da cidade de Goiás, retorna ao município para acompanhar seu desenvolvimento e definir diretrizes para que as mais de cem ações propostas sejam todas colocadas em prática nos próximos nove anos.
Um workshop de monitoramento com esse intuito aconteceu na semana passada (09) no auditório da prefeitura, que contou com a presença de pessoas envolvidas com o turismo e a cultura local para apresentarem quais metas foram alcançadas e as falhas que foram sanadas.
Em uma dinâmica os presentes descobriram que, apesar de todo o emaranhado de opiniões e ideias, somente a união de todos, cada um dentro da sua competência, é capaz de fazer com que o plano se sustente. O grupo pode andar em todas as direções, mas se caminharem para a mesma direção o objetivo é alcançado. “Se a gente se une na mesma força e com o foco aonde quer chegar, a gente consegue levantar qualquer coisa, qualquer situação. Mas é preciso que todos tenham a mesma vontade e sintonia. O caminhar renova dia a dia”, afirmou uma das consultoras do Sebrae, Ana Lúcia Marques.
Rejane Pasquali foi outra consultora de turismo do Sebrae presente no evento. Ela foi a responsável pelo desenvolvimento do PMT de Goiás e falou sobre seus principais pontos, destacando as iniciativas já desenvolvidas. “O plano abrange eixos de atuação. Vamos ter eixo relacionado à infraestrutura, tem outro que trabalha a governança turística, já outro que vai atuar na comercialização e marketing, tem eixo que vai trabalhar os equipamentos como hotelaria e gastronomia e um último que vai trabalhar os atrativos, inovação e criatividade. E aí sim, nesses eixos a gente trabalha bastante questões de sustentabilidade, inovação e criatividade na formatação do produto turístico e nas experiências turísticas para os visitantes. Pudemos observar aqui que mais de 20 metas estão encaminhadas, agora é só apontar caminhos para desenvolver o plano”, explicou.
A secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Suzana Magalhães de Almeida, pontuou alguns tópicos que estão fazendo desde que o plano foi apresentado há um ano. “Sinalização turística e embelezamento paisagístico, tentando fortalecer o observatório de turismo, acompanhados pelo Iphan, estamos desenvolvendo o projeto Adote um Patrimônio. Temos também o Caminho do Pai, e a Colônia de Uvá completa cem anos e preparamos uma celebração. São muitas frentes que estamos atuando para colocar em prática o plano e buscando dar uma maior visibilidade para nossa cidade. Outro ponto a destacar é que o plano vai ser apresentado na Câmara Municipal”, pontuou.
O presidente do Conselho Municipal de Turismo, Marcos Antônio Porto, destacou que o plano foi elaborado em função do desenvolvimento maior do turismo em Goiás com participação de toda a sociedade vilaboense. “O plano é muito minucioso para a cidade de Goiás. E a gente espera que seja implantado em seu inteiro teor para que o turismo se desenvolva ainda mais. A reunião foi para dar mais um impulso na implantação do plano. Esses frutos que pretendemos colher com essa iniciativa são muitos pretensiosos”, profetizou, lembrando a importância de dar uma atenção especial ao turismo ecológico. “Temos muitas atrações nesse segmento. Esse turismo é visitado, mas não tem aquela força como acontece em outras cidades do estado. Ele precisa ser olhado com carinho e atenção para ser mais desenvolvido”, disse.
O secretário Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade e Equidade Étnico-Racial, Lázaro Ribeiro Lima, pontuou sobre outra particularidade da cidade. “Nosso patrimônio tem cor. Temos que olhar para os quilombolas. E eles têm a sua marca”, afirmou.
Nicole Ferreira, integrante do Quilombo do Alto Santana, destacou no encontro o projeto “Tem Quilombo na Trilha de Goiás”, uma iniciativa do quilombo com o IFGoiás e UEG. “Essa iniciativa dá voz e vez para esse povo. Repensa e rediscute essas questões visando ao afroturismo”, disse. A professora do IF, Adria Cerqueira, também explicou que o objetivo desse projeto é fortalecer a identidade fazendo registros com jovens, crianças e adolescentes e ouvindo os mais velhos na busca de identidade. Nicole lembrou que eles têm grande potencial para receber turistas. “O que falta para saber que Goiás tem um quilombo é sinalização. Conhecemos muita coisa da fauna. Precisamos de parceiros. Queremos ser os porta-vozes da nossa história”, finalizou.
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