Pastore sempre defendeu o Banco Central, diz Campos Neto; veja mais repercussões | Brasil

Por Milkylenne Cardoso
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que o economista Affonso Celso Pastore foi uma pessoa que sempre defendeu o Banco Central, lemabdo que ele sempre defendeu a autonomia e outros projetos do órgão. Pastore faleceu nesta quarta-feira aos 84 anos.

Campos Neto disse que a morte do ex-presidente do BC é uma “enorme perda” e lembrou que mantinham contato. Contou que encontrou uma vez o economista em um avião e perguntou se ele estaria indo para Brasília. Pastore respondeu que poderia chamá-lo sempre que tiver um tema do BC, “porque sou apaixonado pelo Banco Central e sempre vou proteger”.

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e também ex-presidente do BC, destacou a “perda enorme para o pensamento econômico brasileiro” e também a perda de um amigo com quem trocou ideias interessantes e profundas ao falar de Pastore.

O também ex-presidente do BC Ilan Goldfajn, hoje presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), disse que Pastore foi “o maior expoente e promotor do foco na ciência para a análise de políticas econômicas”.

“Pastore prestou serviços muito importantes para o Brasil não somente como presidente do Banco Central como também como estudioso da economia brasileira. Convivemos em diversos ciclos ao longo dos anos sempre com troca de ideias interessantes, férteis, criativas e profundas. Era economista de nível elevadíssimo e sinto a perda de um grande amigo”, disse Meirelles.

O consultor licenciado do Senado e pesquisador associado do Insper, Marcos Mendes, também foi um dos que lamentaram o falecimento de Pastore. “Mestre e referência da minha geração de economistas. Grande contribuição como acadêmico de destaque, Presidente do Banco Central e coordenador do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP). Muita honra ter podido aprender e debater com ele”, afirmou.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo fez sua manifestação sobre a morte do economista aos 84 anos. “Ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo de 1979 a 1983, Pastore é reconhecidamente um dos economistas mais renomados do país”, diz a nota, que também ressalta a atuação de Pastore como presidente do Banco Central e o considera como “incansável estudioso das políticas econômicas que tanto se dedicou pelo país”.

— Foto: Leo Pinheiro/Valor cultura

Fonte: valor.globo.com

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