O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, divulgou nesta sexta-feira (9) um comunicado no qual informou que
instruiu as Forças de Defesa do país (FDI) a elaborar um plano de evacuação de
civis de Rafah, cidade no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o
Egito, antes de uma grande incursão terrestre contra o grupo terrorista Hamas.
“É impossível alcançar o objetivo de guerra de eliminar o
Hamas deixando quatro batalhões do Hamas em Rafah. Por outro lado, é claro que
uma operação massiva em Rafah requer a evacuação da população civil das zonas
de combate”, apontou o comunicado.
“É por isso que o primeiro-ministro instruiu as FDI e o
sistema de segurança a apresentarem ao gabinete um plano duplo para a evacuação
da população e o desmantelamento dos batalhões”, informou o gabinete.
As ações militares de Israel em Gaza, em resposta aos
ataques terroristas do Hamas no Estado judeu em outubro, foram precedidas de
avisos para evacuação de civis a partir do norte do enclave palestino. Com
grandes deslocamentos de civis em busca de segurança, estima-se que hoje mais
de 1,3 milhão de palestinos estejam na região de Rafah.
O comunicado de Netanyahu ocorre num momento em que os
Estados Unidos, principal parceiro geopolítico de Israel, sobem o tom nas
críticas à ação israelense em Gaza.
Na quinta-feira (8), o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que uma incursão terrestre em Rafah poderia ser um “desastre”, enquanto o presidente Joe Biden qualificou a operação militar de Israel no enclave como “exagerada”.