O Instituto do Sono de Catalão, em Goiás, clínica de distúrbios do sono e neurologia adotou a tecnologia pioneira de monitorização não invasiva da pressão e complacência intracraniana, que fornece um indicador da saúde neurológica do paciente. Com isso, médicos e pacientes do município de Catalão e região têm o acesso facilitado a uma inovação científica utilizada em centros de referência no Brasil e no exterior.
Desenvolvida pela brain4care, aprovada pela Anvisa, no Brasil, e pelo FDA, nos Estados Unidos, a tecnologia permite o acesso a informações da pressão e complacência intracraniana por meio de um sensor posicionado externamente na cabeça do paciente. Esse dispositivo capta as mínimas movimentações da caixa craniana e as transmite para a cloud da brain4care, onde algoritmos consolidam as informações em gráficos e relatórios, transmitidos em minutos para o médico, que pode visualizá-los em um dispositivo (um tablet ou um smartphone, por exemplo) conectado à internet.
Tecnologia disruptiva
“É uma tecnologia disruptiva porque antes dela, a obtenção de dados sobre a pressão intracraniana só era possível por meio de procedimentos invasivos cujo padrão ouro consiste na inserção cirúrgica de um cateter na caixa craniana do paciente, o que limita sua aplicação”, explica o médico neurologista e neurointensivista Eder Cassio Rocha Ribeiro, diretor do Instituto do Sono de Catalão. Segundo o especialista, as informações da monitorização podem não substituir a necessidade de outros exames, mas auxiliam o médico a determinar a jornada do paciente de maneira mais assertiva, evitando, por exemplo, a realização de exames desnecessários.
Além de utilizar no consultório com seus pacientes, a tecnologia também está disponível no Instituto do Sono de Catalão para médicos da região, que podem encaminhar seus pacientes para realizar a monitorização da pressão e complacência intracraniana. “Há várias doenças neurológicas que podem levar a um quadro de hipertensão intracraniana e com a monitorização não invasiva é possível chegar ao diagnóstico diferencial de modo mais ágil e assertivo”, afirma. Em sua experiência clínica com a tecnologia brain4care, o especialista tem utilizado a monitorização, por exemplo, para o diagnóstico de pacientes com cefaleias crônicas e hidrocefalia. “Consigo eliminar fatores etiológicos e chegar com mais assertividade ao diagnóstico”, diz.
Assertividade na prática
Em um dos casos, Ribeiro atendeu um paciente com cefaleia crônica persistente há bastante tempo sem diagnóstico. Na monitorização, a pressão e a complacência cerebral estavam bastante alteradas. Esse dado direcionou para a suspeita de hipertensão intracraniana, que foi confirmada com exames complementares. Esse paciente foi encaminhado para um neurocirurgião e tratado com uma derivação ventrículo-peritoneal (DVP), que consiste no implante cirúrgico de um sistema interno na caixa craniana para drenagem do excesso de líquor presente no ventrículo cerebral. “A monitorização brain4care, dentro de um contexto multimodal, foi importante para agilizar o diagnóstico assertivo desse paciente”, reforça Ribeiro.
Outra aplicação interessante é o acompanhamento de pacientes operados devido a tumores cerebrais. “É possível acompanhar a pressão e complacência intracraniana desses pacientes, sem qualquer risco, para verificar, entre outras hipóteses, se há possíveis alterações que levam a suspeita de crescimento de um novo tumor e a necessidade de uma investigação com exames de imagem”, explica.
Sobre o Instituto do Sono de Catalão
Fundado há 15 anos, o Instituto do Sono de Catalão (GO) é uma clínica de distúrbios do sono e neurologia. Atua com equipe multidisciplinar formada, entre outros especialistas, por neurologistas, psiquiatras e psicólogos. Desde o início de sua história, a estratégia de investir em tecnologia inovadores está presente.
Além de consultas, o Instituto do Sono de Catalão também realiza exames em pacientes encaminhados por neurologistas, neurocirurgiões e outros especialistas. Entre os principais exames disponíveis estão: actigrafia, polissonografia, titulação de CPAP e BIPAP, oximetria noturna, mapeamento cerebral, análise de movimento, eletroencefalograma prolongado e eletroencefalograma com fotoestimulação.