“Há um consenso bastante generalizado na sociedade de não continuar pagando questões que não correspondem à Argentina que vivemos e ao tamanho do estado que as pessoas votaram nas urnas”.
Foi assim que o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, confirmou nesta quarta-feira (27) que o governo liderado por Javier Milei decidiu não renovar os contratos de 15 mil funcionários públicos que se encerram no próximo dia 31 de março.
Adorni afirmou, no entanto, que o governo irá renovar os contratos restantes
por mais seis meses, período após o qual será realizada uma nova auditoria para
decidir sobre uma eventual prolongação ou encerramento desses que restaram.
Na terça-feira (26), durante sua participação em um fórum econômico, Milei havia dito que 70 mil contratos de funcionários públicos seriam encerrados, mas Adorni garantiu nesta quarta que, neste momento, apenas 15 mil não serão estendidos.
“O universo de contratos analisados é algo mais de 70 mil. Todavia, do
universo analisado, há 15 mil que se procederá às baixas no dia 31 de março. Ao
resto, vamos renová-los por seis meses e seguir avançando na análise de cada
um”, detalhou o porta-voz, segundo informações do jornal argentino Clarín.
Adorni enfatizou que a redução não deverá incluir funcionários que integram o sistema de saúde que atende veteranos da guerra das Malvinas, nem os que atuam em empresas estatais.
O porta-voz garantiu que o governo está realizando um processo de auditoria “bastante cuidadoso” para evitar erros e demissões injustas.
O governo Milei, ao tomar a decisão de encerrar contratos, busca depurar a máquina pública e garantir que os cidadãos não paguem por “salários indevidos”, afirmou Adorni.