General chavista é condenado nos EUA por ajuda às Farc

Por Milkylenne Cardoso
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Bandeira de dissidentes das Farc em vila no departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia| Foto: EFE/Ernesto Guzmán

A Justiça dos Estados Unidos condenou o general reformado
venezuelano Clíver Antonio Alcalá Cordones a 260 meses de prisão por ter
ajudado a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, que
assinou um acordo de paz com o governo colombiano em 2016).

A sentença foi anunciada pelo juiz distrital de Nova York
Alvin K. Hellerstein. Alcalá havia se entregado às autoridades americanas em 2020
e se declarado culpado perante a Justiça dos Estados Unidos em junho de 2023.

“Como membro de alto escalão das forças armadas venezuelanas
e do Cártel de Los Soles, Clíver Antonio Alcalá Cordones e seus
co-conspiradores procuraram transformar a cocaína em arma enquanto ajudavam as
Farc a armar seus membros e a enviar toneladas de drogas para os Estados
Unidos. Alcalá Cordones corrompeu as instituições vitais do seu próprio país ao
ajudar as Farc a inundar nosso país com cocaína – mas não mais. Em vez disso,
ele passará agora mais de duas décadas numa prisão nos Estados Unidos”,
declarou o procurador Damian Williams, em comunicado divulgado pelo
Departamento de Justiça americano.

Segundo a promotoria, a partir de 2006, Alcalá se valeu da
sua posição para, entre outros atos, evitar que membros e associados das Farc
fossem presos; forneceu proteção, incluindo liberdade de movimentação, para integrantes
da guerrilha que traficavam cocaína; forneceu armas de alta potência; participou
diretamente na distribuição de drogas; e interveio pessoalmente para garantir
que grandes carregamentos não fossem apreendidos pelas autoridades policiais na
Venezuela. Em troca, recebeu milhões de dólares em subornos.

Hoje com 62 anos, Alcalá participou da tentativa fracassada de golpe de Estado contra o presidente venezuelano Carlos Andrés Perez em fevereiro de 1992, liderada por Hugo Chávez. Exerceu comandos nos governos do ditador e deixou o Exército da Venezuela em julho de 2013, quando Nicolás Maduro já havia chegado ao poder.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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