“Não apoiamos a independência [de Taiwan]”, afirmou neste sábado (13) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A declaração, simples e direta, foi dada a jornalistas, em Washington, após o resultado da eleição presidencial na ilha asiática, vencida pelo candidato Lai Ching-te, do partido contrário à reunificação com a China.
Coube ao secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, a tarefa de comentar o resultado do pleito. “Os EUA parabenizam Lai Ching-te pela vitória. Parabenizamos também o povo de Taiwan por demonstrar, mais uma vez, a força de seu sistema democrático e de seu sólido processo eleitoral”, disse.
Ainda de acordo com Blinken, Washington está “empenhada em manter a paz e a estabilidade na região por meio da resolução pacífica das diferenças, livre de coerção e pressão”.
“A parceria entre o povo americano e o de Taiwan, enraizada
nos valores democráticos, continua a se alargar e a aprofundar nos laços
econômicos, culturais e interpessoais”, completou o diplomata.
Apesar de não estabelecer relações diplomáticas formais com Taiwan, os Estados Unidos são considerados seus maiores apoiadores internacionais. Mas, segundo analistas, num contexto global marcado por guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, Washington não pretende se envolver em um novo conflito.
De qualquer forma, o governo norte-americano afirmou, ainda
na semana passada, que pretendia enviar uma delegação não oficial à Taiwan após
as eleições.
Em um comunicado divulgado logo depois do resultado da votação, o governo chinês reiterou que “Taiwan é da China’ e a “reunificação é inevitável”. Segundo Pequim, nada muda em sua determinação de impedir a independência da ilha. “Estamos firmes como pedra”, diz o texto.
As autoridades chinesas ainda afirmaram que seguirão se opondo às “atividades separatistas” e à “interferência estrangeira” na região.