EUA afirmam que Irã se infiltrou em protestos contra Israel

Por Milkylenne Cardoso
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Estudantes agitam uma bandeira palestina em manifestação no campus da Universidade de Columbia, em Upper Manhattan, em Nova York (EUA), no dia 18 de abril de 2024| Foto: EFE/ Carla Samón

A diretora da Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, disse nesta terça-feira (9) que agentes do Irã se infiltraram nos protestos contra a guerra na Faixa de Gaza que geraram tumultos nas universidades americanas durante semanas.

Em comunicado, Haines afirmou que o regime iraniano se infiltrou nesses protestos de várias maneiras, incluindo postagens na internet para incentivar as manifestações e até mesmo fornecendo apoio financeiro aos manifestantes.

“Nas últimas semanas, agentes do governo iraniano procuraram aproveitar de forma oportunista os protestos em andamento contra a guerra em Gaza, usando um manual que vimos outros agentes usarem ao longo dos anos”, comentou Haines.

“Observamos agentes ligados ao governo iraniano se passando por ativistas online, buscando fomentar protestos e até mesmo fornecendo apoio financeiro aos manifestantes”, afirmou no comunicado.

De acordo com Haines, os dados coletados não contradizem o fato de que a maioria desses protestos foi organizada por americanos “de boa-fé” que queriam expressar suas opiniões sobre a guerra, mas que é dever de seu escritório “alertar sobre atores estrangeiros que buscam explorar o debate para seus próprios fins”.

Haines, como diretora de Inteligência Nacional, coordena todas as atividades de inteligência do governo dos EUA e atua como principal assessora do presidente em inteligência de segurança nacional.

Durante os meses de abril, maio e junho, milhares de estudantes tomaram as universidades dos EUA com manifestações e acampamentos para protestar contra a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, nas maiores mobilizações desse tipo em décadas.

Os protestos foram desencadeados por tentativas da polícia de dispersar um acampamento contra a guerra na Universidade de Columbia em 18 de abril.

Como resultado, esse movimento se espalhou por diversas instituições educacionais e resultou em mais de 3.100 pessoas detidas, de acordo com o jornal New York Times.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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