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O resultado da confiança dos serviços em maio mostra que o empresário do setor está em um momento de cautela. A análise é de Stéfano Pacini, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), para quem o setor vem de desempenhos muitos bons em 2022 e 2023 e, este ano, está mais acomodado em um patamar positivo. Esse efeito, diz, se reflete na confiança do empresário do setor.
Em maio, o Índice de Confiança de Serviços (ICS), calculado pelo FGV Ibre, caiu 0,6 ponto, para 94,2 pontos, segunda queda consecutiva. O Índice de Expectativas (IE) recuou 3,1 pontos, para 91,3 pontos e o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,9 ponto, para 97,3 pontos.
Os dois indicadores que compõem o ISA também avançaram: o volume de demanda atual subiu 2,3 pontos, para 97,7 pontos, e a situação atual dos negócios melhorou 1,6 ponto, para 96,9 pontos. No âmbito das expectativas, o recuo do IE foi resultado da piora de ambos os indicadores que o compõem.
A demanda prevista para os próximos três meses recuou 2,9 pontos, para 91,6 pontos, e a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,4 pontos, para 91,1 pontos, menor nível desde dezembro de 2023. “O resultado mostra que, para o empresário, o momento está positivo, mas ele não tem certeza sobre o ambiente de negócios para a frente”, resume Pacini.
Para ele, o comportamento do setor de serviços e da confiança vão ser determinados pelo andamento das variáveis macroeconômicas. Pacini lembra que juros em queda e inflação controlada, além do bom momento do mercado de trabalho, podem contribuir para um ano positivo.
“A questão do emprego afeta muito a confiança do consumidor, e os serviços prestados às famílias crescem junto”, diz.
Mas Pacini completa dizendo que a tendência ainda é incerta e ainda não é possível enxergar como essas variáveis macroeconômicas vão se comportar no segundo semestre. “É difícil fazer previsão”.
