Em ato com vaias a aliado no Recife, Lula critica reforma trabalhista e defende emprego formal

Por Milkylenne Cardoso
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Na noite da última quinta-feira, 21, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) participaram do ato Juntos por Pernambuco e pelo Brasil, em Recife. Em discurso, Lula criticou a reforma trabalhista e defendeu a criação de mais empregos formais, com carteira assinada e direitos garantidos ao trabalhador. Ele também falou sobre os benefícios que criou, quando foi presidente, para o homem do campo e o agronegócio. O ato no Recife também ficou marcado pela declaração de Lula em apoio ao deputado federal Danilo Cabral (PSB) em sua pré-candidatura ao governo do Estado de Pernambuco. O público, porém, que por vezes gritava o nome de Marília Arraes (Solidariedade), que também apoia Lula e também é pré-candidata ao Palácio do Campo das Princesas, chegou a vaiar Cabral, chamando ele de golpista, já que o parlamentar votou a favor do impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff (PT).

“[Eles disseram] ‘Vamos fazer uma reforma trabalhista que vai ter muito mais emprego, porque se não tiver carteira assinada, vai ter muito mais emprego’. Que emprego? Emprego intermitente? Emprego sem registro em carteira? Emprego sem férias? Emprego sem descanso semanal remunerado? Que emprego? Isso não é emprego, isso é escravidão”, declarou. O ex-presidente também questionou porque há pessoas que têm tanta raiva do PT. Segundo ele, porque o partido quer que os pobres tenham os mesmos direitos que os ricos. “A raiva que a burguesia do parlamento ficou contra os partidos de esquerda e, sobretudo, contra a nossa Benedita, quando a gente aprovou os benefícios para as empregadas domésticas. O único a votar contra foi o [então deputado Jair] Bolsonaro”, afirmou Lula.

O ex-presidente ainda disse que não tinha pensado em voltar à presidência porque há muitas pessoas capazes, mas que não tem direito de ficar em casa enquanto muitos brasileiros passam fome. Ele falou sobre programas que criou de incentivo ao agronegócio. “Se alguém de vocês conhecer alguém do agronegócio desse país, desses que estão comprando armas, desses que dizem que não gostam do PT, desses que dizem que não gostam dos Sem Terra, pergunte para eles quem fez bondade para o campo e o agronegócio, se foi o PT ou foi esse genocida que está aí”.

Já em seu momento de fala, Alckmin começou descontraindo numa brincadeira envolvendo a artista Anitta, que, recentemente, declarou voto em Lula no primeiro turno das eleições de 2022. “Eu vi uma camiseta: presidente Lula, vice Anitta. A minha sorte é que a Janja não deixa”, comentou Alckmin. Depois, o ex-governador disse que estava ali porque o Brasil precisa. Ele pediu união e a volta de Lula para que o país volte a trilhar o caminho do desenvolvimento: “Volta Lula! Para recuperar a economia, emprego, acabar com a inflação, voltar a esperança”.

Fonte: Jovem Pan..

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