Eduardo Leite diz que desiste de vez da candidatura e apoia João Doria

Por Milkylenne Cardoso
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O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) divulgou carta nas redes sociais no fim da tarde desta sexta-feira, 22, em que afirma que não é mais pré-candidato à Presidência da República e diz que o nome de seu partido para o cargo é o ex-governador de São Paulo João Doria, com quem vinha travando uma disputa interna pela nomeação desde que perdeu as prévias do partido para o posto, no fim do ano passado.

Na mensagem, Leite afirma, que caso quisesse ser candidato, “teria trocado de partido e isso estaria decidido”. No fim do mês passado, ele renunciou ao governo gaúcho, aumentando as especulações que sairia candidato, e chegou a negociar com legendas como o PSD, de Gilberto Kassab. Mas decidiu permanecer no PSDB após o prazo da Justiça Eleitoral para as trocas partidárias.

No documento, Leite cita reunião que teve com Doria nesta semana, e diz ter ouvido do paulista que não abriria mão de disputar a Presidência. “Ele tem esse direito e essa legitimidade, vencedor das prévias que foi”, afirma a carta do gaúcho. “O PSDB é a verdadeira essência de um centro democrático que harmoniza a esquerda e a direita, a economia e o social, o desenvolvimento e o combate às desigualdades”, segue o texto, para dizer que, por isso, a legenda deve ter candidato próprio e que, hoje, este nome é Doria. “Assim, me coloco ao lado do meu partido e desta candidatura, na expectativa de que a união do PSDB contribua com a aguardada unificação dos atores políticos do centro daqui até as eleições de outubro.”

No documento, Leite indica que continuará na vida pública, mas não sinaliza se deve concorrer a algum cargo nas próximas eleições.

Ao saber da manifestação, Doria publicou outra carta, em tom de agradecimento ao correligionário. “O gesto de reconhecimento de Eduardo, do resultado das prévias e pela candidatura única do PSDB para a presidência da república é prova de coerência e bom senso”, afirma o texto. “Finalmente, foram superadas todas as divergências
internas, corroborando com o resultado e a legitimidade das prévias que mobilizaram mais de 44 mil eleitores tucanos”, continua.

“Somos, Eduardo e eu, do partido da responsabilidade fiscal, da estabilidade econômica e dos programas sociais.
Juntos vamos construir uma candidatura forte do centro democrático, ao lado do MDB, União Brasil e Cidadania por um país mais justo, solidário e pacificado”, pontua Doria, em sua manifestação.

Na próxima segunda-feira, 26, os dirigentes e pré-candidatos dos partidos citados por Doria têm um jantar marcado na casa do tucano, em São Paulo, para negociar a formação da chapa única que deve concorrer contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em segundo lugar.

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