A defesa do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) solicitou ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão do processo disciplinar contra ele até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira no colegiado comandado por Leur Lomanto Júnior (União-BA).
O julgamento do STF sobre o caso de Brazão ainda não tem data para ocorrer, mas há a expectativa que ocorra em agosto.
Aberto em abril após uma série de adiamentos, o processo disciplinar contra Brazão no Conselho de Ética está na fase de coleta de provas e depoimentos.
Nesta semana, a relatora Jack Rocha (PT-ES) apresentará seu plano de trabalho, no qual ele vai enumerar as testemunhas a serem ouvidas e as provas que serão colhidas na análise do processo.
Além de críticas às conclusões apontadas pela PGR e pela Polícia Federal no inquérito que tramita no STF, os advogados de Brazão defendem que o processo no colegiado da Câmara até que a Corte aprecie a veracidade das acusações movidas contra o deputado do Rio de Janeiro.
“Quando então essa Casa terá a segurança necessária para avaliar legitimidade da cassação do mandato parlamentar”, argumenta a defesa de Brazão.
O deputado foi preso em março em caráter preventivo e está na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.