Autoridades chinesas informaram neste sábado (19/03) a ocorrência de duas mortes associadas à covid-19, as primeiras desde janeiro de 2021, enquanto o país lida com o surto mais grave da doença em dois anos.
As duas mortes, ambas na província de Jilin, foram de pacientes em idades avançadas e resultaram de condições de saúde existentes antes do contágio, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. Uma das vítimas não tinha sido vacinada contra a doença.
A maioria das 2.157 transmissões de covid-19 registradas neste sábado na China ocorreram em Jilin. A província impôs proibições de viagens, e as pessoas necessitam de uma autorização da polícia para poder deixar a região.
Desde o início de março, as autoridades chinesas registraram oficialmente mais de 29 mil casos da doença. O aumento dos números oficiais é atribuído à disseminação da variante ômicron do coronavírus.
O país realiza uma política rígida de contenção, com a imposição de lockdowns em cidades inteiras e testagem em massa em milhões de pessoas, como parte de sua política de “covid zero”, adotada após o surgimento da doença em Wuhan, em 2019.
Milhões de pessoas em diferentes regiões estão sob ordens de não saírem de suas casas, com o número de casos diários da doença aumentando de menos de uma centena para milhares em um período de três semanas.
Hong Kong vive alta da doença
Pequim atribui o baixo número de óbitos – 4.638 mortes oficialmente registradas – à sua política de contenção. Contudo, o líder chinês, Xi Jinping, reconheceu, pela primeira vez, o alto preço dessas medidas para o país, ao afirmar que a China deve buscar “efeito máximo por custos mínimos” no controle da doença.
A província semiautônoma de Hong Kong enfrenta o surto mais grave desde o início da pandemia com 16,5 mil casos registrados neste sábado. O total de infecções superou a marca de um milhão nesta sexta-feira no território, que já acumula mais mortes do que a China continental.
Fonte: DW Brasil.