Na manhã da última sexta-feira, 30 de agosto, o candidato a prefeito de Catalão, Renato Ribeiro, e seu vice, Júnior Roque, realizaram um ato contundente ao assinarem, em cartório, um documento de renúncia salarial, se comprometendo a repassar os valores a instituições ou entidades sociais do município. A decisão foi anunciada em resposta à recente aprovação do Projeto de Lei pela Câmara Municipal, que estabelece novos subsídios para os agentes políticos do município para o mandato de 2025 a 2028.
A nova legislação, promulgada em 27 de agosto de 2024, fixa os subsídios dos principais cargos políticos da cidade, seguindo as diretrizes da Constituição Federal e das leis estaduais pertinentes. Os valores para o próximo período legislativo são os seguintes:
Prefeito Municipal: R$ 39.338,43
Vice-Prefeito Municipal: R$ 22.234,78
Secretários Municipais: R$ 22.234,78 cada
Procurador Geral do Município: R$ 22.234,78
Para o Legislativo, os subsídios mensais dos vereadores, do presidente da Câmara e do procurador geral do Poder Legislativo também foram reajustados, com os vereadores recebendo R$ 16.503,19 a partir de 1º de janeiro de 2025, e R$ 17.387,32 a partir de fevereiro de 2025.
Atualmente, os salários dos principais cargos políticos de Catalão são significativamente mais baixos. O prefeito Adib Elias Júnior recebe R$ 32.915,41 mensais, enquanto o vice-prefeito João Sebba Neto ganha R$ 16.456,71. Os vereadores recebem R$ 11.927,94 e os salários dos secretários municipais variam entre R$ 11.500,00 e R$ 16.400.
A decisão de Renato Ribeiro e Júnior Roque de repassarem os salários a instituições sociais se forem eleitos representa um claro contraponto à aprovação dos aumentos salariais. Em um ato de protesto, Renato declarou que enquanto houver fila na saúde, faltar água nas torneiras das pessoas e faltar moradia em Catalão, ele e seu vice não aceitarão seus respectivos salários.
A renúncia salarial é vista como uma forma de demonstrar compromisso com as questões prioritárias da população, em um momento em que o aumento salarial dos agentes políticos pode ser percebido como desconectado das reais necessidades dos cidadãos.