Seis pessoas foram mortas a tiros durante um evento de campanha no estado de Chiapas, no sul do México, nesta quinta-feira (16), em mais um episódio da onda de violência antes das eleições nacionais, estaduais e locais que serão realizadas em 2 de junho.
O Instituto de Eleições e Participação Cidadã (IEPC) de
Chiapas confirmou que entre os mortos está Lucero López Maza, candidato a
prefeito de La Concordia.
Segundo informações da Procuradoria-Geral de Chiapas,
publicadas pela CNN, as vítimas foram baleadas durante um confronto entre civis
armados. Outras duas pessoas ficaram feridas. Por enquanto, nenhum suspeito foi
preso.
Em nota, o IEPC manifestou “a sua veemente rejeição aos atos
de violência registrados no contexto da disputa eleitoral e instou as autoridades
competentes a gerar as condições de segurança de que os cidadãos necessitam
para exercer os seus direitos político-eleitorais num ambiente de paz e
liberdade”.
O relatório mais recente do think tank Laboratório Eleitoral
apontou que ao menos 64 pessoas haviam sido assassinadas no México até 11 de
maio no atual período eleitoral, entre candidatos, assessores e familiares
deles e líderes partidários.
Na semana passada, a equipe de campanha da principal candidata
da oposição à presidência, Xóchitl Gálvez, afirmou em entrevista coletiva na
Cidade do México que há algum risco de violência contra candidatos e eleitores em
quase 30% das seções eleitorais do país para o pleito de 2 de junho.
Ontem, o presidente Andrés Manuel López Obrador negou que haja riscos e alfinetou a campanha de Gálvez. “Tenho ouvido algumas vozes do bloco conservador que não querem que haja eleições, pelo menos em algumas regiões, e sinto que em alguns casos isso também tem a ver com as campanhas ou com o envolvimento político”, insinuou.
A Constituição do México impede que Obrador tente a reeleição – ele apoia a candidata Claudia Sheinbaum, que lidera as pesquisas.