Bitcoin opera perto da estabilidade faltando um dia para o halving | Criptomoedas

Por Milkylenne Cardoso
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O bitcoin (BTC) opera perto da estabilidade nesta quinta-feira (18) depois de sofrer uma queda brutal nos últimos dias. Falta pouco mais de um dia para o halving, evento programado no qual a recompensa aos mineradores da maior das criptomoedas cai pela metade. Com a proximidade do marco, o índice de dominância do bitcoin, obtido a partir da divisão do valor de mercado do BTC pela capitalização de todas as criptomoedas somadas, avança 1,35% e atinge 55,19%.

Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas dos Estados Unidos, ontem foi o segundo pior dia do mês em termos de saldo líquido negativo. Os saques ultrapassaram os depósitos neste tipo de fundo em um volume de US$ 165 milhões, ficando atrás somente do pregão de 8 de abril, quando o fluxo de saídas totalizou US$ 223,8 milhões. As retiradas do GBTC, trust transformado em ETF da Grayscale, somaram US$ 133,1 milhões na véspera.

Perto das 10h12 (horário de Brasília) o bitcoin tem leve alta de 0,2% em 24 horas, cotado a US$ 62.286 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, fica estável a US$ 3.025, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,38 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta leve desvalorização de 0,23% a R$ 328.599, enquanto o ether tem leve baixa de 0,58% a R$ 15.914, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) tem leve alta de 0,7% a US$ 133,22, o BNB (token da Binance Smart Chain) registra ganhos de 1% a US$ 541,60 e a avalanche (AVAX) tem alta de 1,4% a US$ 34,16.

Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, os mercados de renda variável ainda estão instáveis, pois não só a tensão geopolítica no Oriente Médio está no radar, como também as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na terça-feira, de que o banco central dos EUA provavelmente demorará mais do que o esperado para começar a cortar juros. “Ao mesmo tempo, há uma distribuição de bitcoin acontecendo, com alguns grandes investidores realizando lucros, enquanto players menores tentam abraçar esta demanda antes do halving, mas sem grande sucesso”, destaca.

Já André Franco, head de análise do MB, aponta que traders ouvidos pela “Coindesk” enxergam a possibilidade do bitcoin disparar até US$ 120 mil em um “rali do apocalipse”. “A política internacional de procura por investimentos defensivos pode aumentar a demanda por bitcoin nos próximos meses mesmo que a confiança tenha sido abalada com a queda mais recente”, afirma Franco. O CIO da Tyr Capital, Edouard Hindi, respondeu ao veículo internacional de notícias cripto que o bitcoin continua sendo um ‘ativo de apocalipse’ viável em 2024, conforme sua correlação com o ouro aumentou recentemente e investidores continuam a diversificar suas carteiras para além dos ativos financeiros tradicionais.

Usando análise gráfica, Fernando Pereira, analista da Bitget, diz que uma média importante para se observar no mercado neste momento é a semanal de 20 períodos, que está em US$ 53 mil. “Conforme as semanas forem passando essa média vai subir, e quando ela e o preço se cruzarem, ela estará em um patamar mais elevado. É possível que o encontro se dê próximo de US$ 56 mil, mas vamos observando semana após semana. Os US$ 56 mil são um bom ponto de compra para longo prazo”, avalia.

Fonte: valor.globo.com

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