Biden diz que EUA não enviarão bombas se Israel fizer ofensiva em Rafah

Por Milkylenne Cardoso
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou na noite desta quarta-feira (8) uma decisão do seu governo de suspender o envio de alguns carregamentos de armas para Israel.

Mais cedo, o secretário da Defesa, o general Lloyd Austin, havia
confirmado que os Estados Unidos retiveram um planejado envio de armas para
Israel enquanto analisam a operação militar na cidade de Rafah, no sul da Faixa
de Gaza.

Os americanos se opõem a uma ofensiva terrestre na região,
onde estão cerca de 1,4 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra
entre Israel e o grupo terrorista Hamas iniciada em 7 de outubro.

“Civis foram mortos em Gaza como consequência dessas bombas
e de outras formas como [os israelenses] atacam os centros populacionais”,
disse Biden em entrevista à CNN, em referência a bombas americanas pesando mais
de 900 quilos e pesando 225 quilos, das quais um carregamento de 3,5 mil unidades
foi retido pelos Estados Unidos.

“Deixei claro que se eles forem para Rafah – eles ainda não
foram para Rafah –, não fornecerei as armas que têm sido usadas historicamente
para lidar com Rafah, para lidar com as cidades que lidam com esse problema
[presença do Hamas]”, disse Biden.

“Não estamos nos afastando da segurança de Israel. Estamos
nos afastando da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas”, argumentou
o presidente democrata, que afirmou que o fornecimento de armas defensivas a
Israel, como as usadas no sistema de defesa aérea Domo de Ferro, continuará.

“Continuaremos garantindo que Israel esteja seguro em termos
do Domo de Ferro e da sua capacidade de responder aos ataques que ocorreram
recentemente no Oriente Médio. Mas é simplesmente errado [fazer a ofensiva
terrestre em Rafah]. Não vamos fornecer as armas e os projéteis de artilharia
[caso a operação seja realizada por Israel]”, disse Biden.

Em entrevista ao Canal 12 de Israel, o embaixador israelense
na ONU, Gilad Erdan, disse que a retenção de armas anunciada pelos Estados
Unidos é “muito decepcionante”.

“O presidente Joe Biden não pode dizer que é nosso parceiro no objetivo de destruir o Hamas e, por outro lado, atrasar os meios destinados a destruir o Hamas”, afirmou.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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