A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana
Mondino, disse nesta quinta-feira (2) que uma inspeção realizada numa base
espacial da China no país não identificou a presença de militares.
A vistoria na base espacial localizada na província patagônica de Neuquén foi realizada após uma cobrança do embaixador americano em Buenos Aires, Marc Stanley, em entrevista ao jornal La Nacion no final de março.
Os Estados Unidos desconfiam que a unidade, que começou a
ser construída (numa área cedida à China por um período de 50 anos) em 2014,
quando Cristina Kirchner era presidente, e que foi concluída em 2017, tenha
fins militares.
Em entrevista ao jornal Clarín, Mondino, que acabou de
voltar de uma viagem à China, disse que uma equipe realizou inspeções nas estações
espaciais do país asiático e da Agência Espacial Europeia, localizada na cidade
de Malargüe (província de Mendoza), e não percebeu “nada de estranho”.
“O que vamos fazer é formar equipes argentinas de ciência e
tecnologia ou de pesquisa que possam aproveitar esses recursos. Porque na base
chinesa podem ser usados os equipamentos, mas por um determinado período de
tempo. E a Argentina não estava usando isso”, explicou.
Perguntada pelo Clarín se havia apenas cientistas na base espacial da China, Mondino respondeu: “Os envolvidos na investigação não identificaram que havia militares. São chineses, são todos iguais”, brincou, numa declaração que foi criticada por parte da imprensa argentina e nas redes sociais.