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Ex-ministro e assessor de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten indicou que o “coach” e “influencer” digital Pablo Marçal (PRTB) não conta com a simpatia do entorno do ex-presidente para apoiar sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo.
O desempenho de Marçal em pesquisas recentes de intenção de voto, somado ao posicionamento crítico nas redes sociais, alimentaram especulações de que ele poderia atrair o apoio de Bolsonaro na capital paulista. Wajngarten, que acompanha as negociações do PL na capital, sinalizou o inverso ao endossar uma publicação nas redes sociais. “Marçal é um movimento impulsionado pelo MBL, trata-se de mais uma ação para usar o bolsonarismo e depois descartá-lo como papel higiênico”, escreveu um seguidor. Além de republicar a mensagem em seu perfil, Wajngarten acrescentou: “Perfeito”.
Formalmente, o partido do ex-presidente já deixou claro que vai compor a aliança em favor do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição. No entanto, a ausência de sinais mais nítidos por parte de Nunes de proximidade com as pautas bolsonaristas têm mantido o prefeito e o ex-presidente distantes na agenda eleitoral, o que poderia transferir a atenção de Bolsonaro a outro pré-candidato.
Nas últimas semanas, porém, o prefeito parece ter cedido a pressões e passou a fazer acenos à base de Bolsonaro. O movimento coincide também com as pretensões de Marçal, que na semana passada teve a pré-candidatura oficializada pelo PRTB – partido sem representantes na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.
O “coach” é famoso nas redes sociais, ambiente em que reúne centenas de milhares de seguidores no X e 10,3 milhões no Instagram. Na pesquisa Datafolha divulgada dessa semana, Marçal atingiu 9% das intenções em um dos cenários, percentual que o coloca em terceiro lugar, empatado com nomes como a deputada Tabata Amaral (PSB) e o apresentador José Luiz Datena (PSDB).
Nunes, que tem como principal adversário até o momento o deputado Guilherme Boulos (Psol), minimizou o desempenho de Marçal e o risco de o “influencer” tirar seus votos. “As pessoas não estão votando em professor de ‘coach’. Vão votar em quem vai cuidar da cidade”, disse nessa quinta-feira (30) o prefeito, após participar da Marcha para Jesus.
