Acesso ao crédito ainda é indigesto para as pequenas empresas | ASN Goiás

Por Milkylenne Cardoso
3 Min Read

A pesquisa Financiamento dos Pequenos Negócios, realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) revelou a dura realidade dos pequenos negócios, quando tentam obter algum tipo de financiamento no sistema bancário.

Os números mostram que 83% dos entrevistados nem solicitaram empréstimo ou financiamento nos últimos seis meses. Dos 17% que tentaram, apenas 30% conseguiram. Na prática, de cada 100 empresários, apenas 5 tentaram e conseguiram o financiamento.

O Banco do Brasil (28%) é a principal porta que o empresário bate em busca do empréstimo. Em seguida vem o Sicredi (22%), Sicoob (21%), Itaú (21%), Caixa Econômica Federal (19%), Bradesco (9%) e Banco do Povo (7%).

Entre aqueles que não conseguiram o crédito, 27% estavam com restrições no CADIN/SERASA ou inadimplentes, 25% disseram que o banco não deu o motivo pela recusa e 17% alegaram que faltam linhas de crédito para o perfil da empresa.

Sobre a principal dificuldade apontada quando tenta obter o empréstimo ou financiamento, 42% sinalizam a falta de avalista, fiador ou de garantias reais.

Entre os que conseguiram o empréstimo, 39% utilizaram como capital de giro, 34% para a compra de máquinas e equipamentos, 30% para a reforma/ampliação do negócio e 22% para a compra de mercadorias para revenda.

Como o acesso ao crédito ainda continua indigesto para os pequenos negócios, 40% dos entrevistados afirmam que usam o cartão de crédito (empresarial e/ou pessoal) como a principal forma de financiamento. Outros 18% fazem o pagamento de fornecedores a prazo, 6% pedem dinheiro de amigos ou parentes e 5% usam o cheque especial.

Sobre a avaliação do acesso ao crédito, 81% consideram ‘regular’, ‘ruim’ ou ‘muito ruim’ o serviço de financiamento. Apenas 19% dos empreendedores disseram que o serviço é ‘muito bom’ ou ‘bom’.

Para facilitar a aquisição de empréstimo, os empresários apontaram a redução dos juros (39%), da burocracia (23%), e das taxas e impostos (14%) como os principais entraves que devem ser equacionados.

O Sebrae ouviu, por telefone, 259 empreendedores do Estado, o que permite um intervalo de
confiança de 90%, com margem de cinco pontos percentuais.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

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Fonte: go.agenciasebrae.com.br

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