A Associação Brasileira dos Fabricantes de Material de Construção (Abramat) revisou para cima a projeção para este ano do índice Abramat, que mede o faturamento do setor.
A projeção antiga era de um aumento de 2% em 2024, após uma queda de 2,1% em 2023. Em evento que comemorou os 20 anos da entidade, a coordenadora de projetos de construção do FGV-Ibre, Ana Maria Castelo, afirmou que a projeção subiu para 3%, com chances de novas atualizações. O índice é elaborado pelo FGV-Ibre.
De janeiro a maio, o setor apresentou aumento de 4,1% no faturamento, na comparação com os cinco primeiros meses de 2023, com alta de 2% para os materiais de base e de 7,7% para os materiais de acabamento.
Em maio, houve alta de 2,9% sobre maio de 2023, mas uma queda de 3,6% ante abril deste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o incremento ainda é tímido, de 0,8%.
Segundo Castelo, o ritmo de crescimento dá segurança para a projeção mais otimista. Parte desse incremento está vindo de algo muito aguardado pelo setor de material de construção, a volta do consumo familiar de material, usado em autoconstruções e reformas, conta a coordenadora.
Não incide sobre a revisão a expectativa de aumento de vendas de materiais no Rio Grande do Sul, decorrente dos esforços para reconstruir o que foi afetado pelas enchentes no Estado.
Segundo Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, a indústria de materiais brasileiras opera com 70% da capacidade instalada e poderia elevar esse patamar para 90%, se houver a demanda.
Ele cita ainda como fatores que podem impulsionar as vendas a retomada de investimentos em infraestrutura e construção civil e políticas governamentais relacionadas ao setor, como o programa Minha Casa, Minha Vida.