As cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis apareceram entre as 50 mais bens posicionadas no Ranking do Saneamento de 2022. O relatório é produzido pelo Instituto Trata Brasil e avalia o percentual de atendimento de água e esgoto em relação ao tamanho da população, os indicadores de tratamento de dejetos hídricos e os investimentos no setor de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil.
A capital goiana é a que aparece na melhor posição. Goiânia ficou em 20º lugar, alcançando nota final 8,58 de um total de 10 pontos. Atendida pela Saneago, Goiânia apresentou indicador de atendimento total de água de 99,07% e de atendimento de esgoto de 92,72% em relação à população.
Anápolis ficou em segundo lugar, na 35º posição e Aparecida de Goiânia na 47ª. Vizinha da capital, Aparecida é relatada no documento como uma das cidades que apresentaram maiores avanços no setor de saneamento nos últimos anos. Há oito anos, a cidade aparecia entre as 20 piores do ranking, na 85º posição, avançando 38 posições deste então.
De acordo com a presidente executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewert Pretto, um dos fatores que podem explicar os bons resultados apresentados pelos municípios é o aumento de investimentos em saneamento.
No período analisado, as cidades goianas melhoraram suas estruturas de saneamento tanto em relação à água quanto ao esgoto. “Avaliando esses três municípios foi possível verificar que houve um aumento nos percentuais da população com atendimento a água em Aparecida de Goiânia, de coleta e tratamento de esgoto em Anápolis e Aparecida de Goiânia e um aumento no percentual de volume de esgoto tratado nos dois municípios”, explica Pretto.
Investimentos
Desde 2018, um grande volume de investimentos foi destinado ao saneamento básico nos municípios avaliados, com recursos provenientes do extinto Ministério das Cidades. O atual presidente do partido Progressistas Goiás e pré-candidato ao Senado, Alexandre Baldy, estava à frente da pasta no período e afirma que o dinheiro gasto com saneamento básico reflete na economia de verba pública em outros setores. “A cada R$ 1 investido em esgoto e abastecimento de água, o poder público economiza outros R$ 9 em saúde. É um investimento que traz dignidade ao cidadão e segurança aos cofres públicos”, calcula.
Ainda falta avançar
Os resultados demonstram que o estado de Goiás está encaminhando para atender uma das metas do Marco Legal do Saneamento, atendendo aproximadamente 99% da população com acesso à água tratada. Porém, o acesso às redes de esgoto no estado ainda deixa a desejar. Dos mais de 7 milhões de habitantes do estado, 2.937.018 (41,5%) não têm coleta de esgoto, conforme dados do Painel Saneamento Brasil por meio do Instituto Trata de 2020.
“O índice de coleta de esgoto e o tratamento dos esgotos são um dos problemas do estado. São quase 3 milhões de habitantes sem coleta de esgoto e mais da metade do esgoto não tratado, o que corrobora para mais internações e óbitos por doenças”, afirma Pretto.