Com presença de Tarcísio, substituição de Bolsonaro em 2026 é rechaçada em evento conservador | Política

Por Milkylenne Cardoso
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A eventual substituição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, no pleito de 2026 foi rechaçada por aliados e até mesmo apoiadores durante o primeiro dia do evento CPAC Brasil (sigla em inglês para Conferência de Ação Política Conservadora), em Balneário Camboriú, neste sábado (6). O encontro, que segue neste domingo (7), conta com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como possível candidato no lugar de Bolsonaro.

Tarcísio participou hoje de uma palestra ao lado de Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Jorge Seif (PL-SC).

Ao iniciar a fala do grupo, Nikolas Ferreira perguntou aos presentes: “Quem quer Bolsonaro de volta em 2026?”. Os participantes reagiram com gritos e acenos positivos. Depois, em outro momento, os participantes começaram a entoar: “Volta, Bolsonaro.”

Tarcísio é apontado como possível candidato à presidência em 2026, considerando a inelegibilidade de Bolsonaro por ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No evento deste sábado, entretanto, aliados do ex-presidente e até apoiadores buscaram afastar a possibilidade de um substituto.

Na chegada, Tarcísio surgiu acompanhado do governador Jorginho Mello (SC), mas foi recepcionado na entrada por Bolsonaro, que fez questão de esperá-lo mesmo sob uma chuva leve. O ex-presidente brincou que Tarcísio é o melhor governador do país, enquanto Jorginho é o mais “bonito”.

Em certo momento, houve um comentário de um apoiador sobre o pleito de 2026, mas o restante do grupo reagiu gritando: “2026 é Bolsonaro.”

Jorginho também disse que está esperando Tarcísio mais vezes em Santa Catarina e depois emendou: “Mas ele [Bolsonaro] continua sendo o meu candidato [à presidência].” O comentário rendeu risadas, inclusive do ex-presidente.

Em outra palestra, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) afirmou que Bolsonaro é o único líder da direita atualmente e que para ser considerado do grupo é preciso reconhecê-lo dessa forma. Esse tipo de comentário foi recorrente ao longo do dia.

O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) cobrou que governadores aliados se unam para reverter a inelegibilidade de Bolsonaro e para anistiar os presos pelo 8 de janeiro em vez de se colocarem como potenciais sucessores do ex-presidente na eleição de 2026.

“Ultimamente tem alguns governadores, figuras de expressão nacional, já lançando seus nomes à Presidência da República, mas o nosso pré-candidato à Presidência em 2026 se chama Jair Messias Bolsonaro”, disse Diniz.

“Estes que não usam a sua força política para que o presidente fique elegível para 2026, muita calma, vai devagar com andor”, emendou.

A CPAC se apresenta como o “maior evento conservador do mundo no Brasil”. A cúpula é organizada pelo Instituto Conservador Liberal (ICL-BR), comandado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Entre os patrocinadores, está a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso.

As entradas para a CPAC estavam sendo vendidas a R$ 249. Já os ingressos para transmissão virtual custam R$ 21,90.

Fonte: valor.globo.com

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