Governo recomenda quarta dose a idosos com mais de 80 anos

Por Milkylenne Cardoso
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O Ministério da Saúde recomendou nesta quarta-feira (23/03) a aplicação de uma segunda dose de reforço da vacina contra covid-19 em idosos com mais de 80 anos. A estimativa é que 4,6 milhões de brasileiros sejam imunizados com a quarta dose do imunizante contra o coronavírus.

De acordo com a nota técnica publicada pela pasta, a segunda dose de reforço deve ser aplicada, preferencialmente, com o imunizante da Pfizer-BioNTech. De forma alternativa, podem ser usadas as vacinas da Janssen e da AstraZeneca, independentemente da marca utilizada anteriormente. O intervalo deve ser de quatro meses após a primeira dose de reforço.

A recomendação foi discutida pelos especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), considerando a situação epidemiológica do Brasil e levando em conta estudos que mostram a redução da efetividade das vacinas contra covid-19 com o passar do tempo, principalmente entre as faixas etárias mais avançadas.

Segundo os estudos, a diminuição da efetividade das vacinas em idosos, a partir de três a quatro meses após a aplicação, pode ser explicada, também, pelo envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada dos governos para a proteção desse grupo.

Estados já aplicam a quarta dose

O Ministério da Saúde ainda avalia a necessidade de uma segunda dose de reforço para outras faixas etárias e alerta que as recomendações podem ser revistas a qualquer momento.

Alguns estados já iniciaram a aplicação da quarta dose. Em São Paulo, idosos com mais de 80 anos começaram a receber a vacina na segunda-feira. Cerca de 900 mil pessoas dessa faixa etária estão aptas a serem imunizadas.

De acordo com a rede CNN, pelo menos outros seis estados também já iniciaram a aplicação da quarta dose: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

No Brasil, 74,4% da população em geral recebeu duas doses da vacina contra covid-19, e 34,7% uma terceira dose, de acordo com dados do site Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Fonte: DW Brasil.

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