Turismo espacial: a “brincadeira” de bilionários que abre um novo ciclo de desenvolvimento espacial

Por Milkylenne Cardoso
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Com a corrida dos bilionários Richard Branson (Virgin), Jeff Bezos (Blue Origin) e Elon Musk (SpaceX) em direção às viagens orbitais e sub-orbitais tripuladas por civis (inclusive com a ida de Branson e Bezzos ao espaço em suas próprias naves espaciais), a imagem de que o turismo espacial é um nicho em busca de ricos excêntricos em busca de aventura ganhou força, mas especialistas que participaram da Satellite 2022, evento que acontece esta semana em Washington, discordam dessa leitura.

Para estes especialistas, entender o fenômeno das corridas espaciais vai muito além de uma análise comportamental dos indivíduos mais abastados da Terra. “Estamos falando em uma atividade que tem imenso potencial de inovação tecnológica e que será determinante para atividade de pesquisa e desenvolvimento. Não são apenas pessoas muito ricas pagando passagens caras”, diz John Roth, VP de estratégia da Sierra Nevada Corporation, uma empresa de engenharia aeroespacial.

Para Sirisha Bandla, VP de relações governamentais da Virgin Galatic, “com mais gente viajando ao espaço, desenvolve-se um ecossistema em torno das viagens espaciais, com outros projetos, como pesquisas privadas e novas aplicações. As viagens espaciais, mesmo que bancadas por pessoas muito ricas, são importantes para dar escala a esse mercado, como foi a aviação comercial em seus primeiros ano” .

Para Ariane Cornell, head de vendas internacionais da Blue Origin, o turismo espacial é uma forma de viabilizar muitas aplicações que vão além das atividades de entretenimento.

Para Roth, o momento pelo qual passa a indústria espacial é único. “Nunca vi um momento como esse na nossa indústria, com parcerias, dinheiro de venture capital, capital privado, e parcerias com governos contratando empresas novas para desenvolver seus projetos.  Haverá uma economia completamente nova”, diz o executivo.

Fonte: Teletime.com

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