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Quem está numericamente à frente é o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 22%, seguido pelo deputado Guilherme Boulos (Psol), com 21%, e Datena com 17%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que deixa os três pré-candidatos em situação de empate técnico.
“Ficou claro que a cidade procura uma alternativa. Eu quero ser prefeito para tirar o crime organizado da prefeitura e dos serviços públicos. PCC não vai mais mandar os ônibus de São Paulo”, afirmou Datena, em referência a suspeitas de envolvimento entre duas empresas que atuam na capital com integrantes da facção criminosa. O Ministério Público investiga o caso e em abril denunciou ao menos 28 pessoas. Até o momento não há informações sobre o envolvimento de agentes públicos.
Datena se filiou ao PSDB em abril, a 11ª legenda de sua trajetória partidária. Conhecido por desistir das disputas semanas antes do registro oficial das candidaturas, o apresentador vem dizendo que desta vez irá até o fim. Após o resultado da pesquisa Quaest, o pré-candidato afirmou que o desempenho de seu nome “só aumentou” sua vontade de ser prefeito. “Quero ser prefeito para acabar com bandalheira. Não tem volta a trás. Não tem recuo”, acrescentou.
Para poder disputar a prefeitura, Datena precisa deixar o programa que comanda na Band até domingo (30). Internamente, o PSDB ainda não desconsidera a possibilidade de formar aliança com outro partido, a exemplo do PSB, de Tabata Amaral. A deputada alcançou 6% neste cenário com Nunes, Boulos e Datena à frente. Ela fica atrás do influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que alcançou 10%. A economista Marina Helena (Novo) tem 4%, e o deputado Kim Kataguiri (União Brasil), 3%. Os demais postulantes somam 2%. A pré-candidatura de Kim é considerada improvável, porque seu partido já declarou apoio a Nunes.
A pré-campanha do prefeito, que já reúne a promessa de apoio de 12 partidos, afirmou que a pesquisa Quaest indica que Nunes está “no caminho certo”. “A mais recente pesquisa indica que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ganha em todos os cenários no segundo turno, e com uma vantagem significativa”, afirmou em nota Enrico Misasi, presidente do diretório municipal do MDB de São Paulo.
Boulos, que disputa a Prefeitura pela segunda vez, disse que o levantamento mostra um cenário de equilíbrio. “Seguimos liderando no voto espontâneo. Mais um sinal de que o paulistano, em sua maioria, quer mudança pra cidade”, afirmou o deputado em nota.
Marçal, que em 2022 disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, disse que resultado de pesquisa não “mexe” com sua cabeça. “Quem fica preocupado com pesquisa é porque deixou de trabalhar, o que não é meu caso. (…) Pesquisa nenhuma vai me envaidecer, muito menos me abalar.”
Tabata informou que não vai comentar os resultados. Marina Helena disse que os números mostram que ela tem um “público fiel”, com potencial para crescer ao longo da campanha.