08:57 – Bunker em teatro de Mariupol resiste após bombardeiro de tropas da Rússia
O bunker do teatro da cidade de Mariupol onde se abrigavam centenas de civis resistiu aos ataques russos e as pessoas que estavam no local sobreviveram a um bombardeio, anunciou no Facebook o deputado Serhiy Taruta, conforme publicou a agência de notícias “Interfax-Ukraine”.
“Depois da terrível noite de incerteza, na manhã do dia 22 da guerra, finalmente, boas notícias de Mariupol”, postou o parlamentar. “O refúgio antiaéreo resistiu. Os escombros começaram a ser retirados, e as pessoas estão saindo com vida” completou Taruta.
O deputado também explicou que os fortes bombardeios que foram registrados na cidade impediram que os serviços de emergência e resgate pudessem atuar nos destroços do que sobrou do teatro.
O deputado Dmytro Gurin, cujos pais estã isolados em Mariupol, confirmou à emissora britânica BBC que o bunker conseguiu resistir ao ataque. “Há alguns minutos, recebemos informação que aponta que o refúgio se manteve e que as pessoas que estavam ali sobreviveram”, explicou.
O políticodisse não saber se há mortos ou feridos, mas afirmou que “a maioria sobreviveu e está bem”. (EFE)
Autoridades ucranianas afirmam que piscina que abrigava grávidas e crianças foi atacada
Além do ataque ao teatro em Mariupol, outro local onde civis estavam abrigados foi bombardeado pela Rússia, segundo autoridades ucranianas.
A agência Unian informou, citando como fonte a administração militar da região de Donetsk, que uma piscina onde grávidas e mulheres com crianças se abrigavam foi destruída por tropas russas.
Várias pessoas teriam sido soterradas. Ainda não há informações oficiais sobre o número de vítimas.
A informação não pôde ser verificada pela DW de maneira independente. (ARD)
08:15 – Mais de 50 mortos em Tchernihiv em 24 horas
Ataques à cidade de Tchernihiv, no norte da Ucrânia, deixaram mais de 50 mortos em apenas um dia, segundo autoridades locais.
“Somente nas últimas 24 horas, 53 corpos de nossos cidadãos, que foram assassinados pelo agressor russo, chegaram ao necrotério da cidade”, afirmou o chefe da administração militar da região via Telegram.
Ele responsabilizou a Rússia por ataque à infraestrutura civil. As informações não podem ser verificadas pela DW de maneira independente.
Próxima à fronteira com a Rússia e Belarus, Tchernihiv é alvo de ataques russos desde o início da guerra, há três semanas. A situação humanitária na cidade é considerada catastrófica. Vários prédios foram destruídos. (ARD)
08:00 – Civis que se abrigavam em teatro bombardeado teriam sobrevivido
Após um bombardeio atingir um teatro na cidade sitiada de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, nesta quarta-feira, o abrigo antiaéreo onde centenas de civis se abrigavam sob o local, teria permanecido intacto, segundo autoridades locais.
“Após uma noite terrível de incerteza, na manhã do 22º dia finalmente boas notícias de Mariupol! O abrigo antiaéreo resistiu”, escreveu a deputada Serhiy Taruta no Facebook. “Pessoas estão saindo de lá vivas”, disse.
“O abrigo contra bombas resistiu. Agora os escombros estão sendo removidos. Ainda não sabemos o número de vítimas”, afirmou Petro Andrushchenko, assessor da prefeitura de Mariupol, à agência de notícias Reuters.
A informação não pôde ser verificada pela DW de maneira independente. Segundo o governo local, cerca de mil pessoas estariam abrigadas no teatro. (ARD, Reuters, DW)
07:10 – Destroços de míssil derrubado atingem prédio residencial em Kiev
Ao menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas após destroços de um míssil derrubado atingirem um prédio residencial na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos à cidade, afirmou o serviço de emergência ucraniano nesta quinta-feira.
O prédio de 16 andares foi atingido por volta das 5h da manhã (hora local), disseram as autoridades, apontando que 30 pessoas haviam sido retiradas do local e um incêndio havia sido apagado.
Segundo jornalistas da agência de notícias AFP, a parte de cima do prédio foi parcialmente destruída, incluindo um apartamento no último andar.
O incidente ocorreu apenas duas horas antes do fim de um toque de recolher imposto na noite de terça-feira em meio ao que o prefeito de Kiev chamou de um “momento perigoso”.
Há vários dias, tropas russas que tentam cercar Kiev vêm lançando bombardeios contra a cidade nas primeiras horas da manhã.
Quatro pessoas foram mortas em ataques a prédios residenciais em Kiev na terça, e outras duas na segunda. (AFP, Reuters)
06:50 – Zelenski pede que Alemanha derrube novo muro que divide a Europa
Três semanas após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, falou na manhã desta quinta-feira (17/03) ao Bundestag, o Parlamento alemão, por videochamada, pedindo mais apoio.
Em referência à queda do Muro de Berlim, Zelenski apelou diretamente ao chanceler federal alemão, Olaf Scholz, para que destrua o que chamou de um novo muro entre a Europa “livre e não livre”. “Caro senhor chanceler federal Scholz, destrua esse muro. Dê à Alemanha o papel de liderança que ela merece. Apoie a liberdade, apoie a Ucrânia”, disse.
Ele acusou a Alemanha de não ter feito o suficiente para evitar a guerra e ter contribuído para que fosse erguido esse novo muro na Europa, isolando a Ucrânia por meio de negócios com a Rússia e do gasoduto Nord Stream 2, construído para levar gás diretamente da Rússia para a Alemanha.
“É um muro entre liberdade e ausência de liberdade e ele fica maior a cada bomba que cai sobre a Ucrânia, com cada decisão que não é tomada”, afirmou Zelenski.
A Alemanha mudou sua política de não enviar armas a regiões de conflito e mandou equipamentos militares à Ucrânia. No entanto, segue sustentando a posição da Otan de não enviar tropas ao país, o que significaria se envolver diretamente na guerra.
O discurso de Zelenski ao Bundestag é parte de uma série de apelos diretos a líderes mundiais. Antes, o presidente ucraniano já havia discursado ao Congresso dos Estados Unidos e ao Parlamento canadense. (Reuters, DPA, ARD)
06:00 – Prefeito de Mariupol classifica bombardeio de teatro de genocídio
A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (16/04) que a Rússia atacou e destruiu um teatro na cidade portuária sitiada de Mariupol, usado como refúgio por centenas de civis. Segundo o governo local, cerca de mil pessoas estariam abrigadas no teatro. A informação não pôde ser verificada pela DW de forma independente. Ainda não há informações sobre o número de vítimas.
O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, classificou o ocorrido de genocídio. “A única palavra que descreve o que aconteceu hoje é genocídio”, afirmou no Telegram.
O ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba, classificou o ocorrido de “mais um crime de guerra horrendo” e disse que era impossível que os russos não soubessem que se tratava se um alvo civil.
Imagens de satélite mostraram que dos dois lados do teatro, no chão, foi escrita em letras grandes a palavra “crianças” em russo, na esperança de que fossem vistas por pilotos russos de artilharia. Vídeos na internet mostram o prédio completamente destruído.
A Rússia negou a autoria do crime e alegou que um regimento nacionalista ucraniano, o Batalhão Azov, estaria por trás do ataque. (DW, ARD)
05:50 – No 21º dia de guerra, Biden anuncia mais armas para a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (16/04) que o presidente russo, Vladimir Putin, é “um criminoso de guerra” pela invasão de seu país à Ucrânia, e anunciou mais 800 milhões de dólares em assistência à segurança ucraniana.
O novo pacote inclui o envio de 800 sistemas portáteis de mísseis antiaéreos Stinger, 100 lançadores de granadas e 20 milhões de munições para armas de pequeno porte e um número não especificado de drones. “Vamos dar à Ucrânia armas para lutar e se defenderam nos dias difíceis que tem pela frente”, afirmou Biden.
O anúncio foi feito após o discurso de seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, ao Congresso dos EUA, por transmissão em vídeo, a partir de Kiev. Zelenski voltou a pedir uma zona de exclusão aérea na Ucrânia.
Fazendo um paralelo com tragédias históricas vividas pelos EUA, afirmou que seu país enfrenta hoje todos os dias, o que os americanos experimentaram no 11 de Setembro e no ataque a Pearl Harbor. “Peço para que vocês façam mais”, apelou.
Apesar dos apelos de Zelensky, os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartaram a possibilidade de enviar uma missão de paz à Ucrânia ou implementar uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano. Por outro lado, o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, anunciou planos de reforçar a presença de forças da Otan nos países-membros do Leste Europeu.
Fonte: DW Brasil.