O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse nesta quarta-feira (19) que o país se encontra em uma situação de “emergência demográfica nacional” e prometeu ativar um plano abrangente para promover as taxas de natalidade, atualmente as mais baixas do mundo desenvolvido.
“Hoje declaro oficialmente uma emergência demográfica nacional. Vamos ativar um sistema abrangente de resposta governamental até resolvermos o desafio das baixas taxas de natalidade”, afirmou Yoon durante uma reunião com um comitê presidencial realizada em Seongnam, ao sul de Seul.
O presidente delineou três áreas principais para o plano: equilíbrio entre vida profissional e pessoal, melhorias nos serviços de cuidado de crianças e melhor acesso à moradia para as famílias.
Após a dura derrota sofrida pelo conservador Partido do Poder Popular, de Yoon, nas eleições legislativas de abril, o presidente, que ficou muito enfraquecido no Parlamento para os três anos restantes do seu mandato, anunciou a criação de um novo ministério para enfrentar o problema da baixa natalidade.
O ministro desta pasta, inicialmente denominado Ministério de Planejamento Estratégico da População, atuará também como vice-primeiro-ministro para assuntos sociais.
Este ministério será responsável pelo desenvolvimento de estratégias relacionadas com os problemas populacionais sul-coreano, entre eles as baixas taxas de natalidade, o envelhecimento da população e as políticas de imigração.
As medidas delineadas por Yoon incluem o aumento dos subsídios à licença-maternidade, estendendo-a para garantir que 50% dos pais sul-coreanos façam uso desse benefício (atualmente são apenas 6,8%).
Além disso, o presidente sul-coreano falou em flexibilizar o trabalho, aumentar os programas extracurriculares nas escolas primárias, dar prioridade às famílias com recém-nascidos no acesso à moradia e ao crédito hipotecário a juros baixos e em conceder mais isenções fiscais às famílias com menores de idade.
A taxa de fertilidade (o número médio de filhos que uma mulher traz ao mundo durante a sua vida) na Coreia do Sul caiu para 0,72 em 2023, o valor mais baixo de toda a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (Com Agência EFE)