O megashow da cantora Madonna levou 1,6 milhão de pessoas a Copacabana neste sábado, segundo a Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur). Os números superaram as expectativas da própria prefeitura, que esperava um público de 1,5 milhão para o encerramento da “The Celebration Tour” — a estimativa anterior era de 1 milhão.
A apresentação histórica começou após as 22h40, com cerca de uma hora de atraso. No aguardo da rainha do pop, mais de um milhão de pessoas ja ocupavam as areias por volta de 20h, de acordo com a Riotur.
O show que celebra os 40 anos diva transformou a praia mais famosa do Brasil em uma pista de dança a céu aberto. Em duas horas de duração, Madonna passou por grandes sucessos e prestou uma série de homenagens aos brasileiros.
Nos primeiros minutos no palco, fez questão de mencionar o fato de estar encerrando a tour no Rio, cidade que afirmou ser “o lugar mais bonito do planeta”. Madonna perguntou se o público a entendia e comentou, em inglês, que seu português é muito ruim. “Só sei os palavrões”, brincou.
Em outro momento, Madonna comparou o cenário carioca ao paraíso: “Ao meu lado, o oceano. Ao meu redor, as montanhas. E ainda tem Jesus Cristo… Só pode ser o paraíso”, disse em referência à praia e ao Cristo Redentor.
A popstar, que tem uma história antiga com o Brasil — esteve aqui em 1993, 2008 e 2012 —, vestiu um corset verde e amarelo, uma adaptação do modelo originalmente preto do estilista Jean Paul Galtier. Amigo de longa data de Madonna, Galtier é criador do icônico sutiã de cone, sucesso no comércio popular carioca às vésperas do show.
Primeira convidada brasileira da noite, Anitta participou da performance de “Vogue”. Em apresentações anteriores da turnê, Madonna também convidou artistas locais para participar da faixa. Na Cidade do México, última parada antes do Brasil, a atriz Salma Hayek participou do número vestida como a pintora Frida Kahlo, papel pelo qual foi indicada ao Oscar em 2003.
Outra brasileira que subiu ao palco de Copacabana foi a cantora Pabllo Vittar. Ela foi ovacionada ao participar da faixa “Music”, que ganhou uma versão em samba acompanhada por jovens ritmistas de escolas de samba do Rio. De camisas verde-amarela, Pabllo e Madonna encerraram o número empunhando bandeiras do Brasil.
Personalidades brasileiras como Marina Silva, Gilberto Gil e Mano Brown foram homenageadas com imagens no telão. Fotos de Betinho e Cazuza também foram exibidas na faixa “Live to Tell”, junto com as imagens de outras pessoas mortas em consequência da Aids.
Apesar dos 18 telões e torres de som espalhados pela orla, espectadores mais afastados do palco reclamaram da qualidade do som. O casal de enfermeiros Viviane Saraiva e Jorge Souto acabaram desistindo de ficar no show até o fim.
“Ficamos por 40 minutos no show, mas não conseguimos ouvir as músicas e desistimos. Acabamos indo para um bar” disse Saraiva.
Mesmo com policiamento reforçado, também houve reclamações sobre a segurança. Um grupo foi flagrado agredindo e jogando dois supostos ladrões em um contêiner de lixo, segundo o portal g1.
O esquema deste sábado foi semelhante ao do réveillon, com pontos de revista, detector de metais, câmeras de reconhecimento facial e uso de drones. (Colaborou Alessandra Saraiva)