China convoca diplomatas de Japão e Filipinas sobre encontro com EUA

Por Milkylenne Cardoso
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O governo da China convocou o embaixador filipino e o
ministro-conselheiro da embaixada japonesa nesta sexta-feira (12) para
protestar contra o comunicado conjunto assinado por Estados Unidos, Japão e
Filipinas após a cúpula trilateral em Washington, informaram fontes oficiais.

A cúpula entre EUA, Japão e Filipinas serviu para formalizar
uma aliança entre as três partes, com anúncios de maior cooperação em
tecnologia, infraestrutura e segurança marítima diante da crescente presença da
China no Indo-Pacífico.

Desde que chegou à Casa Branca, em 2021, o presidente Joe
Biden tem se dedicado a construir alianças na Ásia e na Oceania, o que levou à
criação do pacto militar Aukus (um acrônimo para Austrália, Reino Unido e
Estados Unidos) e à reaproximação primeiramente de Japão e Coreia do Sul, e
agora de Filipinas e Japão.

Liu Jinsong, diretor-geral do departamento da Ásia do
Ministério das Relações Exteriores da China, transmitiu o descontentamento de
Pequim a Akira Yokochi, o segundo no comando da embaixada japonesa, a quem
comentou com veemência “sobre os desenvolvimentos negativos do Japão
relacionados à China durante as recentes conversas entre os líderes dos EUA e
do Japão em Washington”.

Liu, de acordo com uma declaração do Ministério das Relações
Exteriores da China, expressou “sérias preocupações e forte insatisfação” ao
diplomata japonês.

O representante chinês também recebeu o chefe da missão
filipina em Pequim, Jaime Flor Cruz, a quem transmitiu uma “solene” reclamação “sobre
as palavras e ações negativas em relação à China” por parte de seu país durante
a reunião na capital dos EUA.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não
revelou se também convocou ou planeja convocar o embaixador dos EUA na China,
Nicholas Burns.

Além de convocar os diplomatas, o Ministério das Relações Exteriores chinês expressou nesta sexta-feira, por meio de sua porta-voz, Mao Ning, sua “firme oposição” ao comunicado trilateral e acusou os países signatários de “se desviarem dos fatos” e “acusarem maliciosamente a China”.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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