Os governos do Irã e da Síria culparam Israel por um ataque
ao consulado iraniano em Damasco, no qual foi morto o brigadeiro-general da
Guarda Revolucionária iraniana Mohamed Reza al Zahedi e seu assistente, general
Mohammad Haji Rahimi, segundo a imprensa estatal de Teerã.
O embaixador iraniano na Síria, Hossein Akbari, alegou a
agências estatais do Irã que o edifício “foi alvo de seis mísseis [disparados] de
aviões de guerra israelenses F-35”.
“Entre cinco e sete pessoas morreram no ataque. Eu estava no
meu escritório na embaixada no momento e testemunhei pessoalmente a
destruição”, disse Akbari. Israel não admitiu nem comentou o ataque por ora.
“O regime sionista [Israel] atua contra as leis
internacionais, motivo pelo qual receberá uma dura resposta da nossa parte”,
afirmou Akbari.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir
Abdollahian, classificou o ataque ao consulado como “uma violação de todas as
obrigações e convenções internacionais” e também o atribuiu a Israel.
“Enfatizo a necessidade de uma resposta séria da comunidade
internacional a tais ações criminosas”, disse Abdollahian em um pronunciamento
conjunto com seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, de acordo com um comunicado da
pasta de Exteriores iraniana.
O diplomata iraniano considerou ainda que o
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “perdeu completamente o
equilíbrio mental devido aos sucessivos fracassos do regime israelense em
Gaza”.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que pelo
menos oito pessoas foram mortas no ataque que destruiu o consulado iraniano em
Damasco, incluindo sete iranianos.
Apesar de ainda não ter comentado esse ataque, em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores israelense enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para alertar que o Irã estava intensificando o envio de armas para o grupo terrorista libanês Hezbollah através da Síria.
O chanceler Israel Katz enfatizou à época que isso vinha ocorrendo desde o início da guerra na Faixa de Gaza e que Israel tem o “direito inerente” de “defender o seu território e os seus cidadãos”. (Com Agência EFE)