Chefe do executivo Goiano lidera debate sobre fim das ‘saidinhas’ de presos

Por Milkylenne Cardoso
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Legenda: Caiado em entrevista à Rádio Bandeirantes por videoconferência: “Estado Democrático de Direito deve dar ao cidadão autonomia, direito de ir e vir e respeito” | Fotos: Rômulo Carvalho e Albalberto Ruchelle

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pediu novamente o fim das “saidinhas” de presos como uma das medidas importantes para combater o avanço da criminalidade no Brasil. Em entrevista nesta segunda-feira (5/2), Ronaldo Caiado lembrou que “bandido faccionado não tem medo de lei e que pessoas de altíssima periculosidade são autorizadas a passar sete dias fora e matam”.

Durante a entrevista, o chefe do Executivo Goiano citou que Goiás não concedeu o benefício de forma ampla e assegurou, via monitoramento, o retorno de todos os presos. Por outro lado, levantamento realizado a partir de informações das secretarias estaduais mostrou que, no período natalino, 56.924 presos tiveram o benefício concedido pela Justiça em 18 unidades da federação. Destes, 2.741 não regressaram, ou seja, 4,8% do total. Em Belo Horizonte (MG), um policial foi morto por um detento beneficiado pela “saidinha”.

O governador defendeu um enfrentamento corajoso das facções criminosas. “Tem governadores que não governam 25% do seu território. E com isso as pessoas sofrem. Elas deixam de acreditar no Estado, e isso abre espaço para o estado paralelo. O Estado Democrático de Direito deve dar ao cidadão autonomia, direito de ir e vir e respeito”, afirmou Caiado, ressaltando a necessidade de reforçar os serviços de inteligência e dar autonomia às forças policiais.

A entrevsita tratou ainda dos resultados da política de austeridade e investimentos na segurança pública em Goiás. Num comparativo entre 2018 e 2023, Caiado destacou que assaltos a bancos e ocorrências do considerado “Novo Cangaço” foram zerados e houve queda acima de 80% em roubos e latrocínios. No caso de homicídios, a redução foi superior a 50%. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que, se em 2018 foram registrados 2.117 homicídios, em 2023 o número caiu para 1.042.

O governador também citou a queda de outros tipos de delitos, como: roubos a pedestres (-83%), roubos a comércio (-81,8%), roubos a residência (-75,9%), roubos a carga (-90,6%) e roubos a propriedades rurais (-81%). “Se não tiver coragem de dar às polícias o comando para agir no processo, não resolve o problema. Só passa pano”, arrematou ele, elogiando o desempenho das forças policiais goianas.

 

Com informações da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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