A Marinha norte-americana afundou três barcos do grupo iemenita houthi que tentaram atacaram o navio porta-contêineres Hangzhou, da Maersk, de bandeira de Singapura, no Mar Vermelho. Uma quarta embarcação que participava da abordagem conseguiu escapar.
A operação marcou uma escalada nas tensões em uma das vias navegáveis mais importantes do mundo e que movimenta 12% do comércio internacional. Rebeldes iemenitas apoiados pelo Irã vêm lançando uma série de ataques a navios civis para tentar causar uma disrupção em linhas marítimas internacionais para tentar criar uma crise global em linhas logísticas.
As ações já causaram em dezembro uma alta global nos preços do petróleo, do gás e dos seguros e preços de frete marítimos. Isso porque coincidem com uma seca no canal do Panamá e criam um cenário muldial de crise no transporte marítimo.
A situação coincide com os esforços dos Estados Unidos para tranquilizar as companhias de navegação de que uma força multinacional (Bahrein, Canadá, Estados Unidos, França. Itália, Países Baixos, Noruega, Seicheles, Espanha e Reino Unido), se empenha para tornar seguro navegar pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez, mesmo com a alta incidência de ataques dos rebeldes houthis.
As embarcações houthis foram destruídas pode helicópteros de combate enviados a partir do porta-aviões USS Eisenhower, após o Hangzhou emitir um pedido de socorro. Os houthis estavam tentando abordar o cargueiro com combatentes que usavam armas leves e tentavam entrar no Hangzhou a partir de pequenas embarcações.
A destruição de três dos quatro barcos iemenitas foi confirmada pelo grupo rebelde. O porta-voz militar dos houthi, Yahya Sarea, cofirmou que ao menos dez membros do grupo morreram neste domingo, devido à reação americana.
“Enquanto
as Forças Navais das Forças Armadas iemenitas (houthi) exerciam suas funções
oficiais habituais de estabelecer a segurança e estabilidade e proteger a
navegação marítima (…) as forças inimigas dos EUA atacaram três navios
pertencentes às Forças Navais iemenitas (houthi), o que causou o martírio e a
perda de dez membros” de suas fileiras, disse o porta-voz em sua conta
oficial na rede social X, ex-Twitter.
Empresa vai restringir operações pelo Mar Vermelho
A empresa dinamarquesa de navegação anunciou que vai suspender
as operações das embarcações pelo Mar Vermelho por 48 horas para investigar os
ataques e avaliar melhor a segurança. Pela região passam quase 12% do comércio
global.
Na sexta-feira, o grupo iemenita emitiu um alerta a países da coligação marítima afirmando que os ataques no Mar Vermelho entrariam em um novo momento. Os ataques não ficariam restritos a embarcações israelenses ou com destino a esse país.
Desde novembro, os houthis sequestraram um navio porta-contêineres e lançaram mais de 20 ataques, em uma tentativa de mostrar solidariedade aos ataques do grupo terrorista Hamas a Israel.
Ele afirmou que os movimentos militares dos EUA no Mar Vermelho
para “proteger os navios israelenses não impedirão o Iêmen de cumprir com
seu dever religioso, moral e humanitário de apoio e vitória dos oprimidos na
Palestina”.