A partir de janeiro de 2025, turistas que visitarem Caldas Novas, em Goiás, deverão pagar uma Taxa de Preservação Ambiental (TPA) para ingressar no município. A medida foi aprovada nesta semana pela Câmara Municipal em projeto de lei enviado pela Prefeitura.
Como funcionará a cobrança
O valor da TPA será determinado pelo tipo de veículo utilizado para entrar na cidade, conhecida por suas águas termais e parques aquáticos. Carros de passeio pagarão R$ 36,50, motocicletas R$ 4,50, e ônibus de excursão R$ 183.
O pagamento poderá ser realizado em pontos oficiais, pelo site da Prefeitura ou por meio de um aplicativo que está sendo desenvolvido. A taxa terá validade de 24 horas. Caso o visitante não pague no momento da entrada, haverá um prazo de até 30 dias para regularização sem cobrança de juros ou multas.
Objetivo da taxa
De acordo com a Prefeitura de Caldas Novas, a iniciativa tem como objetivo minimizar os impactos da intensa atividade turística na infraestrutura e nos serviços públicos da cidade. O prefeito Kleber Marra (MDB) destacou que o turismo em Caldas Novas não é sazonal, o que gera desgaste constante na infraestrutura local, além de pressionar áreas como limpeza urbana, saúde e fiscalização ambiental.
Marra informou que os gastos municipais já ultrapassaram R$ 400 milhões até novembro deste ano e que a taxa é uma forma de compensar os custos gerados pelo aumento da demanda turística. “O desgaste na infraestrutura e o impacto ambiental ocorrem o ano todo. A taxa não visa afastar turistas, mas garantir a preservação da cidade a longo prazo”, afirmou.
Referências e aplicação dos recursos
A Prefeitura utilizou como referência a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2019, que considerou constitucional a cobrança de taxa ambiental em Bombinhas, Santa Catarina. Assim como em Bombinhas, os moradores de Caldas Novas estarão isentos da cobrança.
Os recursos arrecadados pela TPA serão destinados a áreas como saneamento básico, conservação ambiental, manutenção de vias públicas e serviços de saúde. O objetivo é garantir a sustentabilidade do turismo e preservar os atrativos naturais e urbanos do município.
Segundo a administração municipal, a medida será uma forma de equilibrar os custos gerados pelo turismo com os benefícios oferecidos aos visitantes e à população local.