Primeira paciente a passar por transplante conjugado no HGG recebe alta

Por Milkylenne Cardoso
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Alta de paciente foi celebrada com festa, com direito a corredor de aplausos, balões e muitos abraços da equipe da Unidade de Transplantes do hospital (Foto: Alex Maia/Idtech)

A primeira paciente a passar por um transplante conjugado de rim-pâncreas da rede pública de saúde de Goiás recebeu alta nesta quarta-feira (11/09). O procedimento foi realizado no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), unidade do Governo de Goiás, no dia 17 de agosto.

A paciente é Kamila Moreira da Silva, de 34 anos, moradora de Hidrolina, a 260 quilômetros de Goiânia. Depois da cirurgia, ela passou dois dias no Centro de Terapia Intensiva da unidade em observação e, devido à boa evolução em seu quadro clínico, foi transferida para um leito de enfermaria, onde aguardava o aval dos médicos para ir para casa.

Diabética desde os 15 anos, a dona de casa começou a perder as funções renais em 2018, quando passou a realizar a hemodiálise. Com rim e pâncreas novos, Kamila deixou o hospital, dando início a uma nova vida. A alta foi celebrada com festa, com direito a corredor de aplausos, balões e muitos abraços da equipe da Unidade de Transplantes do hospital.

“Saio daqui renovada e muito agradecida por tudo. Eu era uma pessoa muito teimosa. Comia muita coisa que me fazia mal, mas daqui pra frente quero mudar isso. Me acostumei à dieta do hospital e quero fazer essa mesma dieta em casa. Preciso cuidar desses presentes que Deus me deu”, comemorou a paciente.

Com rim e pâncreas novos, Kamila deixou o hospital, dando início a uma nova vida (Foto: Alex Maia/Idtech)

O cirurgião responsável pelo transplante rim-pâncreas do HGG, Marcus Vinicius Chalar, comemorou o fato de a glicemia de Kamila estar sob controle.

“A paciente apresentou uma evolução surpreendente. Podemos dizer que ela está curada da diabetes e não vai voltar para a sala de hemodiálise. A Kamila vivia muitas privações por conta de sua saúde. Com este transplante, ela vai ter uma vida normal, podendo realizar tudo que sempre quis”, disse.

Sobre o trabalho da equipe no transplante, Chalar fez questão de ressaltar o ganho que se tem, para o próprio hospital, com seus profissionais trabalhando em um caso tão complexo.

“O que fizemos, graças à estrutura que temos, acaba sendo bom para a população de forma geral. Pacientes diabéticos que estão perdendo as funções renais vão poder passar pelo mesmo transplante”, explicou.

Unidade de transplantes do HGG

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) é a única unidade de saúde estadual que realiza transplantes de órgãos. Além do primeiro transplante rim-pâncreas, a unidade realizou, até agosto de 2024, 962 transplantes renais, 57 hepáticos, 11 de medula óssea e 1 de pâncreas.

A nova Unidade de Transplantes do hospital foi inaugurada em setembro de 2022. Em abril de 2023, o Ministério da Saúde habilitou o hospital a realizar o transplante de rim-pâncreas.

Com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 milhões, as instalações contam com uma estrutura moderna em uma área de 644m², 32 novos leitos – sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas – e outros seis para transplante de medula óssea.

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Fonte: agenciacoradenoticias.go.gov.br

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