Polêmica: Novo presidente do Pros é empossado com acusação de ata falsa de convenção

Por Milkylenne Cardoso
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A disputa entre Marcos Vinícius Holanda e o goiano Eurípedes Júnior pelo comando do diretório nacional do Pros está longe de acabar. O fato novo dessa guerra são os graves indícios de que a convenção que elegeu Holanda é falsa, porque a convenção simplesmente não existiu. Com esse argumento, Eurípedes e seus aliados ganharam fôlego para retomar o poder.

Essa suposta convenção teria acontecido no dia 9 de julho de 2020, no hotel JK, em Brasília. É com a ata dessa reunião que Holanda deu início a uma longa batalha judicial para ser reconhecido dirigente máximo do Pros – o que só veio a acontecer há cerca de 30 dias, no âmbito da Justiça do Distrito Federal.

Há algumas semanas, o tesoureiro-geral da chapa empossada, Thiago Pereira Moura Fé, folheou a documentação do processo e encontrou a ata. A reação foi de estranhamento. Thiago tem certeza de que não participou de nenhuma convenção no hotel JK, em junho de 2020. O encontro ao qual Moura Fé lembra de ter ido aconteceu em Goiânia e foi apenas para tratar da formação de chapas.

Não foi só isso: Moura Fé também encontrou a sua assinatura na ata falsa da convenção que nunca existiu. Foi o suficiente para que ele decidisse procurar a delegacia do 1º Distrito da Polícia Civil de Goiânia, para denunciar a prática de crime de falsidade ideológica. Uma das primeiras providências do delegado do caso, Paulo Ribeiro da Silva, foi perguntar ao Hotel JK se a convenção havia acontecido. E a resposta foi negativa.

“Informamos que no dia 9 de julho de 2020 não foi realizada nenhuma reunião ou evento em nossas dependências”, diz o comunicado assinado pelo hotel. “Ressaltamos que, na referida data, estava proibida a realização de qualquer evento em decorrência das medidas de restrição implementadas pelo governo do Distrito Federal para combater a pandemia”.

Essa resposta do Hotel JK já foi levada ao conhecimento do poder Judiciário (mais especificamente da 8ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do DF). Advogados que defendem Eurípedes Júnior trabalham para convencer os desembargadores de que são conclusivos os indícios de que a convenção que elegeu Marcos Vinícius Holanda nunca existiu. Na última semana, chegou aos tribunais um pedido de mandado de segurança que trata do assunto.

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