O governador Ronaldo Caiado apresentou proposta dos estados de reformular o indexador de reajuste das dívidas com a União, em entrevista à Rádio CBN, na manhã desta terça-feira (2/7). Esta é a pauta de um encontro entre os chefes de executivos estaduais e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ainda hoje, em Brasília. A meta, explicou Caiado, é “criar um mecanismo capaz de fazer com que o volume da dívida não aumente tanto e inviabilize investimentos em saúde, educação e programas sociais”.
Respondendo aos questionamentos dos apresentadores Mílton Jung e Cássia Godoy, do Jornal da CBN, veiculado em rede nacional, o governador de Goiás lembrou que, pelo atual Coeficiente de Atualização Monetária (CAM), o volume total dos débitos dos estados com a União saltou de R$ 283 bilhões para R$ 584 bilhões em apenas oito anos (de 2015 a 2023). “É um percentual de juros que inviabiliza as finanças”, pontuou. “Fica extremamente difícil para os estados investir e ter condições de atender a população”, argumentou.
Caiado reafirmou que a proposta dos estados consiste em criar um “modo de sobrevivência” para os entes federados. Ele citou o caso de Minas Gerais, cujo débito de R$ 160 bilhões colocou o estado na situação mais crítica do Brasil. “Se não fizermos nada, não será apenas Minas Gerais que ficará nessa situação. As dívidas vêm evoluindo em uma proporção tal que vão asfixiar todos os estados”, declarou. Durante a conversa, Caiado defendeu ainda que estados atingidos por catástrofes, como o Rio Grande do Sul, precisam de tratamento diferenciado.
“Tenho certeza absoluta que, pelo empenho do senador Rodrigo Pacheco, a medida será votada ainda a tempo de prevalecer para 2025”, afirmou o governador no programa veiculado em rede nacional.